Antes de chilique com jornalistas, Bolsonaro foi chamado de “genocida” em hospital

O presidente arrancou máscara e berrou com repórter de afiliada da TV Globo

A explosão de raiva do presidente Jair Bolsonaro com a jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, e com um repórter da CNN Brasil durante visita a um hospital de campanha em Guaratinguetá (SP) aconteceu logo após ele ser alvo de manifestantes que protestavam contra as 500 mil mortes provocadas pela pandemia de Covid-19 e pela má gestão do governo.

Segundo reportagem do Jornal O Vale, o presidente foi recebido no hospital por moradores insatisfeitos que ecoaram gritos de “genocida” e “Fora Bolsonaro“. Esse grupo foi hostilizado por apoiadores fiéis de Bolsonaro, que o acompanharam no percurso pela cidade. VEJA AQUI.

A visita à unidade médica durou cerca de 20 minutos e foi seguida da fatídica coletiva, onde o mandatário disparou ataques à CNN Brasil e gritou com a jornalista da Globo ao ser questionado sobre o fato de não ter usado máscara – e promovido aglomeração – quando desembarcou no município.

“Bota agora, estou sem máscara em Guaratinguetá. Está feliz agora? Está feliz agora? Essa Globo é uma merda de imprensa, vocês são uma porcaria de imprensa…”, gritou Bolsonaro, quando a repórter tenta falar.

“Cala a boca. Vocês são canalhas. Um jornalismo canalha vocês fazem. Que não ajuda em nada. Vocês destroem a família brasileira, vocês destroem a religião. A Rede Globo não presta. É um péssima fonte de informação. […] Você tinha que ter vergonha na cara de prestar um serviço porco desse que você faz na Rede Globo”, gritou, abandonando a entrevista.

Ele foi até o hospital defender um tratamento que não tem eficácia contra a Covid-19.

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