Por Folha de Pernambuco – Os servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) presos Polícia Civil do Estado (PCPE) nesta quinta-feira (25) causaram um prejuízo de cerca de R$ 6,4 milhões em alvarás expedidos irregularmente.
Eles são investigados por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato e comunicação falsa de crime.
Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão e nove de busca e apreensão domiciliar, além de sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros nas cidades de Recife; Gravatá e Sairé, no Agreste; Afogados da Ingazeira e Iguaracy, no Sertão.
Há, ainda, um mandado em aberto, com um suspeito ainda foragido por dificuldade de localização para detenção. Dentre os presos, três são servidores: dois técnicos e um analista (líder).
Entre os presos na Operação Themis estão servidores do Poder Judiciário que estariam relacionados à falsificação e expedição indevida de alvarás. Segundo o TJPE, dois dos envolvidos já estão com decisão administrativa de demissão.
“O líder da facção expediu sete alvarás fraudulentos para terceiros. Uma dessas pessoas, inclusive, foi para a própria filha, mas ela não foi presa porque suspeitamos que ele utilizava a conta dela sem ela saber. Após a expedição dos alvarás, o dinheiro era revertido de volta para ele por meio de terceiros”, completou o delegado.
De acordo com a polícia, o líder da facção costumava lavar o dinheiro obtido nos atos criminosos por meio da compra de imóveis, joias e bolsas, além de carros de luxo. “Identificamos que, em apenas um ano, ele gastou R$ 12 milhões em carros. O valor é mais alto que o prejuízo dos alvarás, mas ainda estamos analisando as contas e patrimônio dele, porque ele pode ter mais crimes cometidos”, explicou o delegado.