As janelas mais bonitas do mundo

'Collage' da cidade de Veneza (Itália).

12 fotos

O português André Vicente Gonçalves fotografa os edifícios dos lugares que visita. Detalhes arquitetônicos coloridos e elaborados de 40 cidades já fazem parte do projeto Windows of the World

    • Há quase 10 anos, quando André Vicente Gonçalves fazia um intercâmbio em Trento (Itália), começou a fotografar as janelas dos edifícios. “Fascinou-me sua arquitetura, tão diferente, e comecei a documentá-la”, conta. Desde então, quando o fotógrafo português visita um novo local, sua câmera aponta para elas. Umas 40 cidades de 11 países diferentes formam já parte de seu projeto Windows of the World (Janelas do mundo), com o que quer demonstrar que as janelas são algo mais que os olhos de uma casa. Para ele, também são parte da história de uma cidade. Na imagem, o estilo clássico das janelas e varandas da capital francesa.
      1Paris (França) Há quase 10 anos, quando André Vicente Gonçalves fazia um intercâmbio em Trento (Itália), começou a fotografar as janelas dos edifícios. “Fascinou-me sua arquitetura, tão diferente, e comecei a documentá-la”, conta. Desde então, quando o fotógrafo português visita um novo local, sua câmera aponta para elas. Umas 40 cidades de 11 países diferentes formam já parte de seu projeto Windows of the World (Janelas do mundo), com o que quer demonstrar que as janelas são algo mais que os olhos de uma casa. Para ele, também são parte da história de uma cidade. Na imagem, o estilo clássico das janelas e varandas da capital francesa.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • “O projeto não é só sobre imagens de janelas, é sobre a identidade arquitetônica que tem uma cidade, o que a torna única, algo que pode ser apreciado nelas”, explica Gonçalves (1986, Santo Isidoro, Mafra). “Eu gosto de fotografar janelas, mas isso poderia ser mostrado com outras coisas”, assegura. De fato, tem outros dois projetos: começou a fotografar os característicos azulejos que cobrem as paredes de muitos edifícios portugueses e as portas de países como Portugal, Espanha, Romênia, Bélgica e Reino Unido estão imortalizadas em sua série Doors of the World (Portas do mundo). Na imagem, janelas nos coloridos edifícios do bairro londrino de Notting Hill.
      2Londres (Reino Unido) “O projeto não é só sobre imagens de janelas, é sobre a identidade arquitetônica que tem uma cidade, o que a torna única, algo que pode ser apreciado nelas”, explica Gonçalves (1986, Santo Isidoro, Mafra). “Eu gosto de fotografar janelas, mas isso poderia ser mostrado com outras coisas”, assegura. De fato, tem outros dois projetos: começou a fotografar os característicos azulejos que cobrem as paredes de muitos edifícios portugueses e as portas de países como Portugal, Espanha, Romênia, Bélgica e Reino Unido estão imortalizadas em sua série Doors of the World (Portas do mundo). Na imagem, janelas nos coloridos edifícios do bairro londrino de Notting Hill.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • Vistas em seu conjunto, as janelas de uma cidade não só dão uma ideia do estilo arquitetônico desta, também podem marcar períodos históricos e evidenciar o passo do tempo. Nas Açores, as janelas da ilha São Miguel incorporam rocha vulcânica local em seus desenhos, estreitando ainda mais a relação entre a natureza e a civilização. E nas de Lisboa (na imagem), cidade conquistada pelos árabes no século I, pode ser apreciada a herança e influência dessa cultura em sua estética.
      3Lisboa (Portugal) Vistas em seu conjunto, as janelas de uma cidade não só dão uma ideia do estilo arquitetônico desta, também podem marcar períodos históricos e evidenciar o passo do tempo. Nas Açores, as janelas da ilha São Miguel incorporam rocha vulcânica local em seus desenhos, estreitando ainda mais a relação entre a natureza e a civilização. E nas de Lisboa (na imagem), cidade conquistada pelos árabes no século I, pode ser apreciada a herança e influência dessa cultura em sua estética.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • “Nem sempre se trata dos edifícios mais famosos ou dos mais populares, senão de onde está a melhor história”, explica Gonçalves, que trabalha fotografando hotéis e restaurantes para financiar suas viagens. Antes de visitar uma nova localidade, utiliza Google Maps para documentar-se e descobrir as ruas e bairros mais atraentes para ele. Por experiência, sabe que. uma vez sobre o terreno tudo pode mudar, de modo que conta que o segredo é simplesmente caminhar pelo asfalto. Sua média é de 20 quilômetros diários. Na fotografia, os elaborados enquadramentos das janelas e varandas de Viena.
      4Viena (Áustria) “Nem sempre se trata dos edifícios mais famosos ou dos mais populares, senão de onde está a melhor história”, explica Gonçalves, que trabalha fotografando hotéis e restaurantes para financiar suas viagens. Antes de visitar uma nova localidade, utiliza Google Maps para documentar-se e descobrir as ruas e bairros mais atraentes para ele. Por experiência, sabe que. uma vez sobre o terreno tudo pode mudar, de modo que conta que o segredo é simplesmente caminhar pelo asfalto. Sua média é de 20 quilômetros diários. Na fotografia, os elaborados enquadramentos das janelas e varandas de Viena.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • Em suas fotografias, Gonçalves enquadra estritamente a janela, esquecendo-se de todo ponto voyeur. “Não se trata da gente que há dentro das casas, senão dos que construíram o edifício, é algo estético”. Em cidades pequenas, teve que explicar mais de uma vez a vizinhos inquietos por quê aponta com uma câmera às casas, algo que faz mostrando o resultado do seu trabalho no celular. A maioria das protagonistas das imagens do fotógrafo são cidades grandes, como Veneza (na imagem), uma de suas musas. Segundo conta, seus tons cálidos refletem a hospitalidade de seus habitantes.
      5Veneza (Itália) Em suas fotografias, Gonçalves enquadra estritamente a janela, esquecendo-se de todo ponto voyeur. “Não se trata da gente que há dentro das casas, senão dos que construíram o edifício, é algo estético”. Em cidades pequenas, teve que explicar mais de uma vez a vizinhos inquietos por quê aponta com uma câmera às casas, algo que faz mostrando o resultado do seu trabalho no celular. A maioria das protagonistas das imagens do fotógrafo são cidades grandes, como Veneza (na imagem), uma de suas musas. Segundo conta, seus tons cálidos refletem a hospitalidade de seus habitantes.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • “Ao todo, tenho umas 10.000 imagens. Uma cifra que aumenta consideravelmente se contamos as fotografias não editadas”. Sempre viaja com uma câmera Canon 5Ds R e cinco lentes diferentes. Um equipamento com o qual já imortalizou a essência de Trento, Burano e Veneza (Itália); Barcelona, Ayamonte e Vigo (Espanha); as cidades portuguesas do Porto, Lisboa, Albufeira, Évora, Caldas da Rainha, Ericeira, Monsanto, Montemor-ou-Novo, Obidos, Faro, Beja, Figueira da Foz, Guimarães, Cascais, Coimbra, Costa Nova, Funchal, Atalaia, Sesimbra, Setúbal, Santa Susana e Praia da Vitoria; Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, em Açores; Amsterdã e Roterdã (Holanda); Brasov e Bucareste —na imagem— (Romênia); a região dos Alpes e Gante (Bélgica); Bangcoc e Phuket (Tailândia); Paris (França), Londres (Reino Unido) e Hamburgo (Alemanha).
      6Bucareste (Romênia) “Ao todo, tenho umas 10.000 imagens. Uma cifra que aumenta consideravelmente se contamos as fotografias não editadas”. Sempre viaja com uma câmera Canon 5Ds R e cinco lentes diferentes. Um equipamento com o qual já imortalizou a essência de Trento, Burano e Veneza (Itália); Barcelona, Ayamonte e Vigo (Espanha); as cidades portuguesas do Porto, Lisboa, Albufeira, Évora, Caldas da Rainha, Ericeira, Monsanto, Montemor-ou-Novo, Obidos, Faro, Beja, Figueira da Foz, Guimarães, Cascais, Coimbra, Costa Nova, Funchal, Atalaia, Sesimbra, Setúbal, Santa Susana e Praia da Vitoria; Ponta Delgada e Angra do Heroísmo, em Açores; Amsterdã e Roterdã (Holanda); Brasov e Bucareste —na imagem— (Romênia); a região dos Alpes e Gante (Bélgica); Bangcoc e Phuket (Tailândia); Paris (França), Londres (Reino Unido) e Hamburgo (Alemanha).ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • Para Gonçalves, é difícil escolher uma cidade entre todas as que visitou, já que considera que apaixonou-se por algo em cada uma delas, embora Veneza e Barcelona estejam nas primeiras posições do seu ranking. Da viagem às regiões Alpinas (na imagem), fascinou-lhe como as janelas da zona se inspiram nas próprias montanhas, e muitas têm arcos pontiagudos para suportar a neve e estão emolduradas com cenas elaboradas.
      7Alpes (Áustria) Para Gonçalves, é difícil escolher uma cidade entre todas as que visitou, já que considera que apaixonou-se por algo em cada uma delas, embora Veneza e Barcelona estejam nas primeiras posições do seu ranking. Da viagem às regiões Alpinas (na imagem), fascinou-lhe como as janelas da zona se inspiram nas próprias montanhas, e muitas têm arcos pontiagudos para suportar a neve e estão emolduradas com cenas elaboradas.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • De volta casa, e com o cartão de memória cheio, o fotógrafo compõe as imagens em um 'collage'. Esta técnica ajuda-lhe a mostrar as tendências e estilos que dominam o local. Depois de realizar a combinação em quatro filas horizontais de 8 imagens (ao todo, 32 fotos de janelas por mosaico), cria as impressões que vende no seu site. Umas composições que têm a intenção de plasmar em seu primeiro livro, no qual já trabalha. Na imagem, seu mosaico das janelas dos edifícios de tijolo de Amsterdã.
      8Amsterdã (Holanda) De volta casa, e com o cartão de memória cheio, o fotógrafo compõe as imagens em um ‘collage’. Esta técnica ajuda-lhe a mostrar as tendências e estilos que dominam o local. Depois de realizar a combinação em quatro filas horizontais de 8 imagens (ao todo, 32 fotos de janelas por mosaico), cria as impressões que vende no seu site. Umas composições que têm a intenção de plasmar em seu primeiro livro, no qual já trabalha. Na imagem, seu mosaico das janelas dos edifícios de tijolo de Amsterdã.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
    • A seleção final das janelas que acabam enquadradas depende de muitos fatores. Desde seus próprios desenhos e cores até a luz com a que foram fotogrfadas. Gonçalves às vezes espera o tempo necessário ou volta ao local no momento do dia mais oportuno, buscando o balanço perfeito entre luz e sombra. Seus mosaicos vendem-se em três tamanhos (40x50 centímetros, 72x90 e 104x130), a partir de 289 euros (aproximadamente R$ 1.000). Na imagem, a composição sobre as janelas praianas de Costa Nova.
      9Costa Nova (Portugal) A seleção final das janelas que acabam enquadradas depende de muitos fatores. Desde seus próprios desenhos e cores até a luz com a que foram fotogrfadas. Gonçalves às vezes espera o tempo necessário ou volta ao local no momento do dia mais oportuno, buscando o balanço perfeito entre luz e sombra. Seus mosaicos vendem-se em três tamanhos (40×50 centímetros, 72×90 e 104×130), a partir de 289 euros (aproximadamente R$ 1.000). Na imagem, a composição sobre as janelas praianas de Costa Nova.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
  • “As janelas servem como uma ponte entre a natureza e o interior de um edifício. Como criam essa ponte define a personalidade de seu arquiteto”, analisa. Quiçá por isso Barcelona (na imagem) é uma de suas cidades favoritas, onde a estética das janelas da Casa Batlló, a Pedrera ou a Sagrada Família é um reflexo do estilo e as inquietudes de seu arquiteto, Antonio Gaudí.
    10Barcelona (Espanha) “As janelas servem como uma ponte entre a natureza e o interior de um edifício. Como criam essa ponte define a personalidade de seu arquiteto”, analisa. Quiçá por isso Barcelona (na imagem) é uma de suas cidades favoritas, onde a estética das janelas da Casa Batlló, a Pedrera ou a Sagrada Família é um reflexo do estilo e as inquietudes de seu arquiteto, Antonio Gaudí.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
  • Uma janela solitária pode passar despercebida, mas, ao fechar o plano e observar as composições finais, é possível entender como elas têm um papel muito importante na estética geral de um lugar. As janelas não estão feitas apenas para abrir-se e fechar-se. Na imagem, a composição das janelas da ilha tailandesa de Phuket.
    11Phuket (Tailândia) Uma janela solitária pode passar despercebida, mas, ao fechar o plano e observar as composições finais, é possível entender como elas têm um papel muito importante na estética geral de um lugar. As janelas não estão feitas apenas para abrir-se e fechar-se. Na imagem, a composição das janelas da ilha tailandesa de Phuket.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES
  • O próximo destino de André Vicente Gonçalves será outra vez o país no qual sua paixão nasceu. Viajará a Florença (Itália) e também prepara uma ida ao Marrocos. A médio prazo, o fotógrafo pretende atravessar o Atlântico. Seu objetivo final é ambicioso: quer que todos os países estejam representados em 'Windows of the World'. “É uma viagem longa, para a vida inteira”. Na imagem, a cidade italiana de Burano, cuja estética se define tanto pelas cores quanto por seus portões de madeira.
    12Burano (Itália) O próximo destino de André Vicente Gonçalves será outra vez o país no qual sua paixão nasceu. Viajará a Florença (Itália) e também prepara uma ida ao Marrocos. A médio prazo, o fotógrafo pretende atravessar o Atlântico. Seu objetivo final é ambicioso: quer que todos os países estejam representados em ‘Windows of the World’. “É uma viagem longa, para a vida inteira”. Na imagem, a cidade italiana de Burano, cuja estética se define tanto pelas cores quanto por seus portões de madeira.ANDRÉ VICENTE GONÇALVES

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