DNIT realiza distribuição de sementes da flora nativa do norte baiano
A iniciativa é executada pela Gestão Ambiental da BR-235/BA, por meio do Programa de Proteção à Flora.
Aroeira, Ipê, Mulungu, Braúna, Sena, Angico e Umbu. Essas são algumas espécies nativas do sertão do norte da Bahia que o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) está distribuindo como forma de minimizar os impactos negativos ao meio biótico local gerados pela obra de Implantação e Pavimentação da BR-235/BA. A doação é entregue às construtoras, que irá realizar a produção de mudas ou a semeadura direta em áreas degradadas, com intuito de recuperação e restauração dos ambientes naturais.
As sementes foram coletadas de árvores localizadas na faixa de domínio – área da rodovia onde ocorre impacto direto do empreendimento na vegetação. Desde junho do ano passado foram quase 18 mil sementes coletadas.
“Depois de coletadas, as sementes passam por um processo que consiste na retirada de resíduos, como solos, galhos, folhas, frutos podres ou imaturos, e também daquelas furadas, doentes, quebradas ou menores que o padrão. Em seguida são realizadas as quebras de dormência de forma mecânica, retirando-as das cascas e lixando. Logo após, são armazenadas em potes de vidros. ”, explica Marcos Romão, Coordenador do Programa de Proteção à Flora (PPFL), setor responsável pela ação.
Aproximadamente cinco mil sementes já foram entregues ao Consórcio PAVISERVICE/SVC, responsável pelo Lote 5, que tem 75,4 quilômetros e liga o distrito de Pinhões à Juazeiro, além de outras seis mil sementes que estão previstas para serem entregues no Lote 2, de responsabilidade da TOP Engenharia, que tem 77,6 quilômetros, ligando Jeremoabo a Canché. O PPFL é responsável também por monitorar a supressão da vegetação, resgatar as espécies vegetais em áreas consideradas de risco, além de realizar o transplantio dessas espécies resgatadas.
A iniciativa é da Gestão Ambiental da BR-235/BA, de responsabilidade da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Executada pelo DNIT, a obra representa um investimento de aproximadamente R$ 420 milhões. A expectativa é que cerca de 600 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente com o empreendimento. O projeto contempla quatro trechos, totalizando 283,3 quilômetros entre o município baiano de Juazeiro e a divisa dos Estados da Bahia e Sergipe.