Esquema tático sofre críticas no Fla por queda e Barbieri pode efetivar o 4-4-2

Diogo Dantas

O emprego de Mauricio Barbieri está garantido pelo menos até o fim do ano no Flamengo. Mas o esquema tático usado pelo treinador, e consolidado desde seus antecessores, pode cair. Ou no mínimo dar um tempo. Há no Ninho do Urubu quem não esconda a insatisfação com a formação com dois pontas, considerada por alguns membros da comissão técnica uma das razões para a queda de produção da equipe diante da saída de Vinicius Junior e Everton.

Os adjetivos usados vão desde engessado a previsível. Entre os jogadores, no entanto, a impressão é que a execução está ruim, apenas. O elenco dá respaldo ao treinador, assim como a diretoria. As vozes que Barbieri costuma ouvir, porém, indicam uma possível mudança para um tradicional e simplificado 4-4-2. Que se justificaria também pela falta de opções aos laterais em má fase e aos pontas sem confiança, lesionados ou negociados.

Desta forma, se aproveitaria melhor Vitinho como segundo atacante e um homem de área teria alguém mais próximo com quem jogar. A frustração com Henrique Dourado pode dar a Lincoln uma rara oportunidade como titular em breve. Diante do Internacional, amanhã, a lista de desfalques obrigará Barbieri a ser criativo e o jovem não deve ser o escolhido ainda. Sem Cuéllar, Diego e Lucas Paquetá, fora de casa, Everton Ribeiro deve ser centralizado e Piris da Motta ganhar companhia de Arão ou Jean Lucas, este novamente relacionado após quatro partidas. Marlos Moreno permaneceria pela esquerda.

A relação dos jogadores já saiu, mas o time será montado apenas hoje por Barbieri, que ontem chegou cedo pela manhã ao Ninho do Urubu, estudou o Internacional e comandou treinamento à tarde para os reservas. Ainda sem esboço de time ou nova formação. É unanimidade que o jovem treinador se dedica e orienta o elenco baseado nas estratégias que são definidas. Falta o time ajudar e os atletas encampam esta tese. Se isso não acontecer, resta ao treinador mudar o time. Sacar Uribe e escalar Vitinho de centroavante provou que coragem não falta a Barbieri. Mesmo com pouco tempo de treinamento, o treinador já usou a formação com dois atacantes mais centralizados em parte de alguns jogos.

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