Ex-empresário da Banda New Hit é processado por apologia ao crime
Uma audiência estava marcada para a manhã desta quinta-feira (12) na cidade de Ruy Barbosa, mas não aconteceu por que Jorge Sacramento não estava presente
De acordo com o advogado da banda no caso, a deputada Luiza Maia (PT), autora da Lei Antibaixaria, sancionada em abril de 2012 pelo Governador Jaques Wagner, interpretou a fala de Sacramento como uma apologia ao crime e abriu um processo contra o empresário.
Uma audiência estava marcada para a manhã desta quinta-feira em Ruy Barbosa para julgar essa acusação. No entanto, o empresário Sacramento não compareceu à cidade. Segundo Andrade, o empresário não foi intimado e por isso não sabia da audiência marcada. O advogado espera que uma nova audiência seja marcada para que ele possa realizar a defesa de Sacramento.
Caso New Hit
De acordo com Andrade, o processo enfrentado por Sacramento não tem ligação com o caso New Hit, que teve as audiências realizadas em setembro, quando foram ouvidos os nove integrantes da banda e o policial militar Carlos Frederico, que foi reconhecido, de acordo com o TJ-BA, pelas vítimas como segurança da banda.
Após show realizado na cidade de Ruy Barbosa, as duas adolescentes, em depoimento à polícia, contaram que entraram no ônibus para fazer fotos com os rapazes. Lá foram atraídas para o fundo do veículo, onde teriam sido violentadas sexualmente. Protestos contra os músicos foram realizados e a banda perdeu o patrocínio em eventos e teve apresentações sabotadas em protestos de grupos feministas pelo país.
Em outubro de 2012, a banda se apresentaria no Festival de Pagode, em Salvador, mas a Skol retirou apoio ao evento por conta do protesto de internautas. A banda acabou desistindo de participar do festival.
A Marcha Mundial das Mulheres também fez protestos em cidades onde a banda se apresentou. Representantes da bancada feminina da Assembleia Legislativa da Bahia fizeram uma reunião no Ministério Público para discutir com o órgão formas de obter celeridade do julgamento do caso.
Em agosto desse ano o caso completou um ano sem conclusão e, em setembro, o empresário Jorge Sacramento, proprietário da banda, comunicou à imprensa que o grupo de pagode havia chegado ao fim.
Fonte: Correio