“Guedes já era pato manco e depenado”, diz Torres Freire. Nogueira já manda no Orçamento

Colunista da Folha de S Paulo diz que ministro da Casa Civil pega pepino orçamentário e faz salada para hienas

www.brasil247.com - Ciro Nogueira e Paulo Guedes
Ciro Nogueira e Paulo Guedes (Foto: Agência Brasil)

O jornalista Vinicius Torres Freire destaca, em sua coluna na Folha de S. Paulo, o decreto de Jair Bolsonaro que tirou poderes do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao transferir parte das decisões sobre o orçamento,  acabou transformando o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em “um dos dois regentes do que sobra do governo bolsonariano”. “O outro regente é Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara”, afirma.

“Dizem que, com o decreto, Nogueira vai ficar com o pepino de definir politicamente o destino de uns dinheiros, arbitrando a fome das hienas. Nogueira pega o pepino e faz salada, que come com gosto. É parte da sua dieta política, que é retalhar os dinheiros públicos entre amigos de paróquias e currais”, analisa Torres Freire.

Ainda de acordo com o colunista, “em outubro de 2021, Guedes já era um pato manco depenado”. “Então, já havia perdido o poder sobre o Orçamento de 2022. Isto é, sobre pequena parte do dinheiro federal, pois 95% é carimbada para despesas obrigatórias, na prática mais do que isso, se não se quiser apagar a luz e fechar as portas da’”máquina’. Lira, Nogueira e o comitê central do centrão tomaram conta”, destaca o colunista. .

O jornalista ressalta, ainda, que “essa gente vai se estapear por um dinheiro ‘pequeno’, dado o total do Orçamento, mas “grande”, em termos político-eleitorais. Não muda grande coisa na porcaria que são os planos e a execução orçamentária, embora possa encher o cofre eleitoral da turma, onde há até adversários regionais de Bolsonaro”.

“Sim, na última meia década, o Congresso ficou com mais poder de decidir o que fazer, porcamente, do que sobra de dinheiro livre do Orçamento. O decreto foi mais um avanço nessa boquinha. Quanto a Guedes, é barulho por nada”, finaliza.

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