Pilão Arcado: Orgeto Bastos defende e justifica união de municípios do extremo norte

Da Redação

Uma das novidades no início deste ano e novos mandatos de prefeito é a movimentação conjunta dos prefeitos dos quatro municípios do extremo norte da Bahia e que se localizam na margem esquerda do Rio São Francisco.
Os prefeitos de Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes, sempre acompanhados do Deputado Estadual Tum (PSC) , neste ano, já estiveram com o Governador do Estado Rui Costa, propuseram e receberam aval, para a criação de um novo consórcio específico para infraestrutura.

Com Cassio Garcia prefeito e o Deputado Tum

Não pararam por aí: Durante esta sexta-feira (22/01), participaram de uma reunião com representantes da Secretaria de Saúde do Estado e à tarde, duas reuniões: a primeira com o Sub Secretário de Estado de Saúde, Cássio Garcia e a segunda com o Líder das Obras Sociais Irmão Dulce (OSID) que assumiu a administração do hospital Regional de Juazeiro.

Orgeto Bastos, prefeito de Pilão Arcado

Conversamos com Orgeto Bastos (PL), prefeito de Pilão Arcado e ele expôs a importância dessa movimentação conjunta dos quatro municípios.


Ressaltando que a unidade buscada pelos municípios do extremo norte “não é uma crítica ao trabalho excelente que o Governador Rui Costa vem fazendo” e nem “uma forma de enfraquecer o Consórcio que já existe e reúne dez municípios do território”, Bastos diz em relação à saúde: “Quando se fala do sistema único de saúde, ele é completo, mesmo assim o governador Rui Costa vem investindo”.
“Temos em Juazeiro a Policlínica, a unidade de oncologia – onde funciona a quimioterapia -, vai funcionar a radioterapia. A união dos quatro municípios é para fortalecer a cobrança junto ao governo do estado e federal”, reafirmando que no seu entender “o governador vem dando importância igual a todos os municípios”.

Prefeito de Remanso, Marcos Palmeira

Marcos Palmeira (PC do B), o prefeito de Remanso reforça o posicionamento de Orgeto Bastos: “Mesmo porque, esses municípios estão próximos uns dos outros” – justificando a movimentação em prol da unidade – “O consorcio (CONSTESF já existente), ficou muito concentrado em poucos municípios, o que nos coloca numa situação para que possamos criar o nosso e fortalecer a nossa região contando com o apoio do governador. Estivemos com ele, e nos incentivou a criação do consórcio”.

Rede Peba

Um dos gargalos que os prefeitos da região enfrentam na saúde, é com a Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (Rede Peba), devido a burocracia no momento das regulações.
Famílias de pacientes em casos de emergência tem cobrado dos gestores a demora na transferência de pacientes, e isso tem causado desgastes a todos.
Enfermeiro de profissão e conhecedor profundo da saúde pública na região, casado com uma médica Cubana do Mais Médicos, Orgeto Bastos é quem fala sobre a Rede PEBA: “Pela sua complexidade de atender 53 municípios e mais de 2 milhões de pessoas, eu acredito que ela vem funcionando dentro de suas limitações”.
“Na questão da regulação existe burocracia, e isso começa nos municípios quando se discute os protocolos onde os médicos tem que solicitar consultas com especialistas. Muitos quando são encaminhados, chegam na Policlínica, ou no Hospital Regional, é identificado que aquele determinado paciente em algumas vezes não precisava do tratamento”.
Fala da inovação que é a Rede Peba: “O nosso sistema de saúde é novo e único no País. Isso vem fortalecendo a região no atendimento. Os atendimentos de alta complexidade em alguns outros estados, tem apenas um, já na Bahia, temos aqui em Juazeiro, juntamente com Petrolina que fazem a Rede Peba atendendo vários municípios”, destacou Orgeto.

Estrutura

Os poucos recursos para atender a população sempre foi outro problema, deixando os gestores sufocados na área de saúde. Orgeto Bastos fala sobre essas dificuldades: “A disparidade no recurso já é complicado porque o município é quem faz o sistema de saúde, quando é obrigado a colocar 15% de seu recurso, o estado 12% e a União 5%, o que é Insuficiente. Sobra para os municípios o restante das despesas. Portanto, é cada vez mais gastos e dificuldades para manter o sistema de funcionamento nos municípios de pequeno porte”, ressaltou Orgeto.

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