PSOL cobra explicações do Governo de Pernambuco sobre denúncia de propina para shows

Foto: Hélia Scheppa/Arquivo JC Imagem

O PSOL em Pernambuco divulgou uma nota de apoio aos músicos André Rio e Cezzinha, que denunciaram um suposto esquema de cobrança de propinas para shows principalmente no interior do Estado. O partido de oposição ao governo Paulo Câmara (PSB) cobra ainda no texto explicações sobre as acusações feitas pelos artistas.

“O governo do Estado, através das secretarias de Turismo e Cultura, ao invés de esclarecer e se explicar, fez uma nota em tom ameaçador, isentando-se e jogando para terceiros quaisquer responsabilidades”, afirmou a nota do PSOL. “Nossa arte e nossos artistas não podem ser achacados, chantageados, obrigados a participar de esquemas fraudulentos nos governos”, acusa o partido.

A polêmica começou quando vazou um áudio enviado por André Rio a um grupo de artistas no WhatsApp afirmando que havia sido pedido metade do seu cachê para que fizesse quatro shows com verbas repassadas pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) a municípios e dois com recursos da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Mais cedo, o cantor afirmou que a solicitação teria sido feita por empresários, mas criticou a política cultural no Estado. O secretário estadual de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, saiu em defesa dos gestores dos dois órgãos e solicitou à Polícia Civil a abertura de inquérito para investigar o caso.

OUTRO CASO – “A denúncia acontece em meio a um dos nossos maiores ciclos festivos e de contratação de artistas pelas agências do Estado, o ciclo junino, em que o caso Wesley Safadāo em Caruaru ganhou manchetes nacionais e, contraditoriamente, Alcymar Monteiro, artista genuinamente pernambucano e popular, está sendo boicotado”, critica ainda o PSOL na nota.

Essa semana também houve polêmica sobre a contratação do cantor Wesley Safadão para show no São João de Caruaru por R$ 575 mil. A apresentação, marcada para este sábado (25) chegou a ser suspensa pela Justiça, após ação alegando que o valor é muito superior do que o pago em Campina Grande, na Paraíba, apontado em R$ 195 mil. Safadão voltou à grade após decisão em segunda instância, diante de um recurso da Prefeitura de Caruaru, em que o desembargador justificou que o contrato para o estado vizinho ainda não havia sido assinado e que parte da verba veio de patrocinadores. (Jamildo Melo)

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