PT e PSDB juntos em Pernambuco para ataque a Eduardo Campos

Ayrton Maciel

Ataques em série à “falta de estrutura” nas unidades da Universidade de Pernambuco (UPE), no interior, colocaram lado a lado, nesta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa, o oposicionista PSDB e o ex-aliado e hoje independente PT estadual, que dispararam críticas ao governo Eduardo Campos (PSB) pelo que seria uma projeto de “expansão sem planejamento” dos campi acadêmico estaduais.

A tucana Terezinha Nunes (PSDB) abriu as “baterias” relacionando falta de professores – que estaria provocando o abandono de cursos por alunos, e até a redução –, inexistência de laboratórios e bibliotecas, insuficiência de transporte escolar e até falta de prédio próprio da UPE em Arcoverde, obrigando a realização das aulas em escola da rede oficial. “Não há transporte público para estudantes, não há restaurantes universitários, não há laboratórios nem bibliotecas”, acusou Terezinha.

O pronunciamento da oposicionista recebeu o reforço da petista Teresa Leitão, hoje no campo independente, que afirmou existires “cursos na beira da falência” por não existirem alunos suficientes e incapacidade financeira de professores de se deslocarem de suas cidades às cidades-sedes dos campi da UPE. “Há carência de recursos. É preciso investir em bibliotecas, material e condições de ensino. Há muitas razões para criticar. A UPE tem um marco importante que é o fato de ser gratuita, mas ela era a única estadual do País que não tinha gratuidade. Não se pode isentar ( o governo) da falta de estrutura. O fato positivo é só a sua expansão, assim como ocorreu com as federais”, apontou Teresa (PT).

Surpreendentemente, em meio às dificuldades, hoje, de definir quem está no governo e quem é oposição, na Alepe, o líder governista Waldemar Borges (PSB) ao sair em defesa do governo Eduardo, também fez a defesa e jogou elogios ao governo do PT, especialmente ao ex-presidente Lula, pela expansão de universidades pelo interior do País, e ainda revidou contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

“O que o governo Lula fez, e o que o governo Eduardo Campos está fazendo – e destaco mais a Lula –, foi o maior gesto que poderia se fazer ao interior (a expansão). Quem deveria saber a importância do ensino, até por ser um intelectual e um acadêmico (presidente FHC), não fez o mínimo sequer pela interiorização da educação superior”, rebateu Waldemar.

“É preciso observar que tanto a UPE quanto a UFPE necessitam de mais funcionários. Os hospitais universitários das Clinicas e Oswaldo Cruz vivem em situação semelhante. Pacientes voltam sem ser atendidos”, devolveu o deputado oposicionista Maviael Cavalcanti (DEM). O debate sobre a situação dos campi acadêmicos do interior se prolongou com ataques e contra-ataques entre governistas, oposicionistas e independentes como principal pauta da sessão.

Fonte: JC Online

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