Se foi “inaceitável”, só cabe a expulsão

Dos políticos do PSB pernambucano que se pronunciaram sobre a ameaça de expulsão de Felipe Carreras por ter votado a favor da reforma previdenciária, o único que o fez de forma contraditória foi Sileno Guedes, presidente regional do partido. Na ânsia de agradar a um só tempo o presidente nacional, Carlos Siqueira, favorável à expulsão, e o próprio Carreras, que não admite ter errado e por isso não vai se defender no Conselho de Ética, Sileno saiu-se com esta contradição.

Felipe Carreras

A conduta dele foi “inaceitável” e por isso não deve “passar em branco”. Ora, “inaceitável”, segundo o Dicionário do Aurélio, é aquilo que “não se pode aceitar ou admitir”. Então, se a conduta do parlamentar foi “inaceitável” e “inadmissível”, não comporta meio termo. Tem mesmo é que ser expulso, pelo menos na ótica de Sileno. O curioso é que nem o prefeito Geraldo Júlio nem o governador Paulo Câmara se pronunciaram dessa forma em relação ao correligionário. Pelo contrário, instruíram os deputados João Campos, Diogo Moraes, Lucas Ramos, Aluísio Lessa e Sivaldo Albino a saírem em defesa dele. Talvez a admiração de Sileno por Carlos Siqueira, e vice-versa, tenha singularizado a posição de ambos em defesa de algum tipo de pena para Carreras, que milita no PSB há 23 anos. Já o PDT parou de falar na expulsão da deputada Tábata Amaral por ter votado igual a Carreras. Mas como o partido não a merece, ela deveria aproveitar o embalo para ir embora, deixando que Ciro Gomes arranje outro candidato para disputar a prefeitura de São Paulo no próximo ano. (Inaldo Sampaio)

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