Babá suspeita de maus tratos será indiciada por tortura

A babá Luana Patrícia Azevedo, de 30 anos, suspeita de agredir um bebê de pouco mais de um ano será indiciada pelo crime de tortura. Segundo inquérito concluído no domingo (18) pelo delegado Carlos Barbosa, da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, as ações de Luana foram premeditadas. O inquérito será entregue nesta segunda-feira (19) ao Ministério Público.

Com o agravante de se tratar de um crime contra uma criança, que é inafiançável, a pena que seria de 2 a 8 anos de reclusão pode chegar a 10 anos se o Ministério Público entender que houve tortura. Para o delegado, o indício de premeditação dos maus-tratos, confirmados pelos depoimento de outra ex-babá da família, pode pesar contra a babá.  Assista ao vídeo com a testemunha:
Ao todo, foram ouvidas cinco pessoas nas investigações: os pais da criança, a secretária da mãe do bebê, a cozinheira da família e uma ex-babá, que teria deixado o cargo por desentendimentos com Luana.

“Espero que continue a ser feita a justiça porque isso é um fato lamentável, mas que teve resposta da polícia”, disse o delegado. Para ele, a motivação de Luana era o prazer de torturar, já que os maus-tratos não lhe rendiam qualquer benefício.

O pai da criança, o empresário Marcelo Jucá, espera que o Ministério Público tenha a mesma conclusão da que foi apontada pelo inquérito. “Vou ter um sentimento de justiça maior se o Ministério Público entender que houve uma rotina de perversidade”, desabafou. “Vou ver que valeu a pena não ter feito justiça com as próprias mãos”, disse.

Luana começou a trabalhar na casa da família como doméstica e, segundo a ex-babá da criança agredida, teria planejado chegar ao cargo de babá. Para Carlos Barbosa a intenção de Luana era apenas maltratar a criança, já os salários dos dois cargos são diferenciados apenas em R$ 150 provenientes de horas extras.

O delegado também não acredita que a suspeita tente alegar transtornos mentais para fugir da acusação, já que a prórpria Luana admitiu a forma que tratava a criança.  (NE10)

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