Presidente do Bota sobre Adriano: ‘Tem que saber o que ele quer’
A proximidade entre Adriano e o Botafogo ainda está longe de chegar no campo. No entanto, o presidente Maurício Assumpção mostrou disposição em ajudar o jogador, que, através do empresário Fabiano Farah, procurou indicação para tratamento físico e psicológico em conversa com dirigentes do clube.
Em entrevista ao “Camarote”, programa do canal Premiere FC, que vai ao ar no sábado, às 23h (de Brasília), Maurício deixou claro que considera Adriano um craque. Mas prefere esperar uma resposta do jogador diante do quadro a ser apresentado depois de seus primeiros exames.
Não gostaria de ser enfático. Primeiro, tem que saber do Adriano o que ele quer. Não gostaria de dar a minha resposta (se contrataria o jogador em caso de recuperação) antes da dele. Mas é um craque, um centroavante que não existe mais no futebol brasileiro – disse Maurício.
O GLOBOESPORTE.COM informou na terça-feira os passos dados por Fabiano Farah na tentativa de adiar a aposentadoria de Adriano. O médico Rodrigo Kaz foi indicado pelo gerente técnico do Botafogo Sidnei Loureiro para fazer uma avaliação das duas cirurgias realizadas no tendão de Aquiles do pé esquerdo.
– O que aconteceu foi baseado na relação de amizade entre o Farah e o Sidnei, que pediu ajuda para fazer uma avaliação real da situacão dele como atleta. Vai fazer uma série de exames, ter um diagnóstico, ver se tem condição. O Altamiro (Bottino), fisiologista do Botafogo, também deve participar disso – comentou Maurício.
Com um passado que conta com a morte de um irmão que teve problema com drogas, Maurício não vê a possibilidade de rejeitar uma ajuda a Adriano. Ele lembrou o caso de Jobson, a quem deu uma série de chances, chegando a se emocionar ao falar do jogador, que agora tenta mais uma virada no Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
– O que passa é a minha história pesssoal. É um ser humano pedindo ajuda e fica difícil recusar. Quando você vê que não está reagindo, recebendo várias chances, cansa, pois não dá para parar em função de uma pessoa que não apresenta uma contrapartida. No caso do Adriano, se chegar a mim, e nem sei se vai chegar, vamos ver se tem condições de ter uma vida de atleta. Na hora em que chegar, não dá para não abrir os braços, mas até agora não tem nada de efetivo – afirmou. (Globo)