Caso Beatriz: em busca de respostas, família organiza ato em Petrolina

A mãe da menina chegou a fazer greve de fome pelo cumprimento de um mandado no endereço onde estaria o suspeito de apagar imagens do dia do crime

Beatriz foi morta a facadas em 10 de dezembro de 2015 / Facebook/Somos Todos Beatriz

Beatriz foi morta a facadas em 10 de dezembro de 2015
Facebook/Somos Todos Beatriz
JC Online

Sem que nenhum suspeito tenha sido preso mais de três anos após o crime, a família de Beatriz Mota, morta aos 7 anos, em Petrolina, no Sertão do Estado, em 10 de dezembro de 2015, vive uma angústia diária. Em busca de respostas, o grupo Somos todos Beatriz se reúne em um ato, a partir das 8h desta sexta-feira (19), em frente à uma delegacia da cidade. Nesta quinta-feira (18), a mãe da menina chegou a fazer greve de fome.

De acordo com o pai da garota, Sandro Romilton, desta vez, a família quer informações sobre o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, nesta quinta-feira (18), na casa onde estaria Alisson Henrique Carvalho, suspeito de apagar as imagens registradas pelas câmeras de segurança da escola no dia do crime. Segundo ele, nada foi encontrado no endereço. “A delegada foi até o local e não nos deu retorno. Vamos procurá-la para saber como foi o procedimento”, resumiu.

O endereço da residência, em Petrolina, chegou por meio de uma denúncia anônima. Por conta do recesso de autoridades e da demora até que o mandado fosse cumprido no local, segundo Sandro, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, chegou a iniciar uma greve de fome. “Ela se revoltou, chegou na delegacia e não encontrou delegada, chegou no fórum, não encontrou juiz. Isso desgasta muito a gente”, explicou.

prisão preventiva do suspeito de apagar as imagens, ex-prestador de serviço do colégio onde a menina foi encontrada morta, foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) em 12 de dezembro de 2018. Na época, o advogado do homem afirmou que ele estava sofrendo “a maior injustiça que ele já viu em sua vida profissional” e não se entregaria.

Com a investigação sob segredo de justiça, a Polícia Civil não pôde confirmar informações sobre a ação relatada pela família da menina nesta quinta-feira (18). Por meio de nota, a instituição reiterou “o compromisso de todas as forças de segurança do Estado para a elucidação do caso”.

Leia a nota da Polícia Civil

A Polícia Civil de Pernambuco entende a emoção e dor dos familiares da menina Beatriz Mota e reitera o compromisso de todas as forças de segurança do Estado para a elucidação do caso. 

O inquérito hoje conta com 19 volumes e mais de 4 mil páginas com diligências sobre essa caso que desafia pela sua complexidade a PCPE, corporação que possui hoje uma das melhores taxas de resolução de homicídios do Brasil, que é 6,7 vezes maior que a média nacional. 

Foi designada a delegada Polyana Neri para tratar exclusivamente do caso com equipe de policiais e estrutura necessária, além de contar com o apoio do Ministério Público e da Diretoria de Inteligência da PCPE. Ao longo do caso, avanços foram obtidos como a divulgação da imagem do suspeito. Essa imagem foi resultado do trabalho de peritos do Instituto de Criminalística (IC) para que a tornassem o mais clara possível, possibilitando a visualização das características do homem. 

Não é possível fornecer mais detalhes sobre a investigação porque o trabalho corre sob segredo de justiça. 

Apesar dos desafios, a PCPE tem plena confiança que o caso será elucidado, trazendo justiça e paz para os familiares e amigos de Beatriz Mota.

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Nas redes sociais foi destacado texto solicitando do público ajuda para localizar o homem acusado de apagar as imagens de câmeras. Veja abaixo:

Você tem informações do responsável por apagar as imagens que podiam mostrar o assassino da menina Beatriz Angélica Mota que foi brutalmente assassinado nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora em Petrolina-PE. Se você souber de algo, ajude a resolver este crime. Ligue para o Disque denúncia (81) 3719-4545 Ou mande um WhatsApp para abre parêntese (81) 9 8256-4545 ou para (81) 9 8170-2525. A recompensa é de R$10.000 e a garantia de anonimato.

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