No Brasil, medo do coronavírus gera corrida por máscaras cirúrgicas

Lan Chi Cheng, proprietário da loja Casa do Médico, em São Paulo, vendeu o estoque de máscaras e não consegue repor

Lan Chi Cheng, proprietário da loja Casa do Médico, em São Paulo, vendeu o estoque de máscaras e não consegue repor Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Ana Letícia Leão e Célia Costa

O medo de que o novo coronavírus chegue ao Brasil fez a venda de máscaras de proteção facial crescer tanto que esgotou os estoques na maioria das farmácias e lojas especializadas. Na esteira da maior procura, os preços também aumentaram.

Jonas Paganini, supervisor de vendas da Nova Medtec Cirúrgica, rede de produtos médico-hospitalares, registrou alta da demanda nas 21 lojas no estado de São Paulo.

— Vendo o que tem, na quantidade que tenho, pelo preço que tenho. Hoje mesmo (sexta-feira) vendi 10 mil máscaras em apenas duas horas. É uma coisa absurda, totalmente fora do comum. Tem gente que reserva 2 mil máscaras de uma só vez.

Paganini explica que, até a semana passada, cada unidade do modelo N95 era vendida a R$ 3,50. Agora, a mais barata sai a R$ 9,99 e a mais cara, a R$ 18,99.

— O preço de custo aumentou cinco vezes, não consigo vender pelo valor antigo.

O aumento da procura pegou muitos comerciantes de surpresa. O chinês Lan Chi Cheng, proprietário de uma franquia da Casa do Médico da região dos Jardins, em São Paulo, está com estoque zerado. As 2.500 máscaras da loja acabaram em uma semana. Antes do coronavírus, ele vendia uma unidade por dia.

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