Leal crê que PEC teria rito mais longo sem confusão: ‘Perderam os direitos’
Presidente da Assembleia Legislativa avalia que, sem invasão do plenário, sessão iria ocorrer com obstrução dos deputados e sem dispensa de formalidade
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Nelson Leal, avaliou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (3), que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência Estadual teria rito mais longo se não houvesse registro de invasão do plenário com manifestantes armados.
“Se tivesse transcorrido na normalidade, acho que nem o primeiro turno da PEC seria aprovado na sexta-feira, porque tinham vários inscritos, porque cada deputado pode discutir por 20 minutos a matéria cada um. Deu justamente por isso (a votação). Iria ter obstrução, não ia ter dispensa de formalidade, nada disso. Quer dizer, acabou… Eu, na hora em que começaram a jogar ovos, virei para a galeria e disse para eles: ‘Vocês estão dando tiro no pé'”, disse Leal.
Para ele, “se o parlamento se intimidasse naquele momento, iríamos sair pequenos”.
“Perde-se todos os direitos. A partir do momento que resolveram fazer aquele ato selvagem, perderam os direitos e eu não poderia conduzir de outra forma, porque o parlamento precisava dar uma resposta à agressão que sofreu. E resolveu dar a resposta com o trabalho, concluir o que era para ser feito”, completou.