Ex-chefe de Vigilância Sanitária de Juazeiro alerta sobre os perigos do coronavírus. Não existe hospitais na cidade para atender pessoas infectadas
Ação Popular (AP)
Aumentou assustadoramente o números de casos suspeitos do coronavírus no país. Na Bahia foram divulgados dois casos, sendo um em Feira de Santana e outro em Salvador. O primeiro caso está relacionado a um profissional de saúde que trabalhou no Carnaval de Salvador e teria tido contato com estrangeiros. Várias pessoas de Juazeiro estiveram no carnaval da capital baiana.
O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira, 27, que o Brasil monitora 132 casos suspeitos de infecção pelo coronavírus, mas estima que os números estão próximos de 300 casos suspeitos.
A reportagem do AP manteve contato com o biólogo e ex-chefe da Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Juazeiro, Djalma Amorim que se mostrou preocupado. “É questão de tempo, o vírus vai chegar, assim como foi a dengue, a gripe suína, Zika, etc. Isso é preocupante porque vidas estarão em jogo. Os mais vulneráveis são as crianças e os idosos. O governo já decidiu antecipar a vacinação de pessoas contra a gripe e isso ajuda a controlar o corona”.
Amorim informou ainda sobre as pessoas mais vulneráveis à contraírem a doença. “Como não tem vacina para todos, os grupos mais vulneráveis são crianças, gestantes, índios, idosos, professores, presidiários, policiais, profissionais da saúde, etc – e quem não puder comprar -, corre o risco de se contaminarem a exemplo de moradores de rua”.
Ele fez algumas recomendações. “Caprichar no suco de acerola, lavar sempre as mãos, usar álcool gel, evitar aglomerados, procurar locais ventilados. Andar em locais arejados previne, mas as máscaras ajudam bastante.”
“A vacina da gripe ajuda no diagnóstico diferencial, pois se uma pessoa chegar numa unidade de saúde já vacinada contra a gripe, ajudará no diagnóstico, pois indica que não é gripe e sim outra virose, inclusive o corona”, alertou.
Questionado sobre a prevenção de pessoas que fazem caminhadas na orla e em outros pontos da cidade, Djalma Amorim afirmou que “não tem problema, a transmissão se dá por vias aéreas com gotículas contaminadas e num contato muito próximo”.
“A pessoa com tosse deve colocar uma máscara ou um lenço na boca antes de tossir e se afastar de outras pessoas, depois lavar as mãos bem lavadas em água corrente e fazer uso de álcool gel”, reforçou.
Saúde na lata do lixo em Juazeiro. Veja imagens: