Flamengo tem boa atuação e vence o Bahia com ‘placar bailarino’

Rubro-Negro superou a equipe baiana por 5 a 3

Por Lance

Bahia x Flamengo

Bahia x Flamengo – Divulgação
Rio – Um jogo para lavar a alma do torcedor rubro-negro. Mesmo com a vitória no último fim de semana, o Flamengo ainda não tinha deslanchado nos quesitos vitórias consecutivas e gols em profusão. E foi isso que ocorreu nesta quarta-feira, em Pituaçu, em duelo válido pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Para engatar o segundo triunfo seguido na competição, a equipe de Domènec Torrent teve uma noite de almanaque no ataque e, com direito à pintura de Everton Ribeiro, venceu em jogo de oito bolas na rede: 5 a 3.
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Pedro, duas vezes, e Arrascaeta, também em doblete, foram os outros marcadores do placar – do lado do Bahia, Rodriguinho e Élber anotaram. Agora, o Rubro-Negro, com 11 pontos somados, recebe o Fortaleza, no sábado, enquanto o Tricolor (oito pontos) visita o Internacional, no dia seguinte.

INÍCIO FULMINANTE DO FLA

O Flamengo iniciou a partida disposto a decidir a parada antes do intervalo. E o que o torcedor mais otimista não esperava era que, em um minuto, o jogo já se desenharia para mais uma vitória fora de casa. Com a marcação adiantada, o time de Dome forçou o erro do Bahia no primeiro lance, culminando em uma chance clara perdida por Everton Ribeiro. Mas Pedro estava ali para salvar.

PEDRO ILUMINADO

No gol perdido por Everton, o passe veio de Pedro. E logo no tiro de meta, o camisa 21 bateu no peito e mostrou que estava iluminado. Ele deu um carrinho em bola que ficou dividida, depois de saída bisonha com o goleiro Anderson e zagueiro Lucas Fonseca. E o segundo gol veio minutos depois, ainda com o Fla no campo de ataque e sem deixar o Bahia respirar. Pedro voltou a marcar.

Na vaga de Gabigol, poupado, Pedro recebeu de Arrascaeta, girou na entrada da área e, seguindo a cartilha de um bom centroavante, cruzou o chute e tirou Anderson de ação. A bola ainda bateu nas duas traves antes de morrer na rede.

A EMOÇÃO SÓ ESTAVA COMEÇANDO

A partir daí, a montanha-russa de emoção foi ativada. O Fla conseguia se impor e avançar com certa facilidade. Contudo, o time de Roger Machado levava certo perigo enquanto tinha a posse de bola. E construiu bem o seu primeiro gol, através de Rossi, que cruzou com precisão para Rodriguinho: caixa.

Esperava-se um Bahia mais organizado para igualar o marcador. Mas foi o Flamengo que ratificou a sua ampla superioridade e, através de uma jogada de almanaque, com toques envolventes, infiltração e profundidade, ampliou com Arrascaeta. Isla cruzou na cabeça do uruguaio em uma jogada dos sonhos para um técnico. Admirável.

CALMA QUE TEVE MAIS

Teve mais emoção ainda no primeiro tempo. O terceiro gol (aço) do Flamengo não intimidou o Bahia, perigoso por conta da qualidade técnica as peças ofensivas. Porém o segundo gol, já aos 41 minutos, surgiu por conta de uma falha individual: Gabriel Batista, o terceiro goleiro do Fla (jogou pois Diego Alves está lesionado e César, infectado com Covid-19), espalmou uma bola que sairia pela linha de fundo. Élber não perdoou o vacilo: 2×3. E… ufa! Intervalo.

GOL DE PLACA. E PASSEIO…

Se havia dúvida do ritmo do Fla ao voltar do vestiário, o sentimento logo virou euforia. E com um gol de placa. O elegante Everton Ribeiro fez uma pintura ao se livrar de Zeca, o encobrindo com a coxa, e arrematou de fora da área, no flanco direito. É para buscar ver, rever. E ver de novo. Foi de craque, como ele é.

Por falar em craque, Arrascaeta parece ter se comovido com a menção da palavra. O uruguaio tabelou com Pedro Rocha, com a sua habitual naturalidade para criar, e fez o quinto do Flamengo, três minutos depois. Um passeio em Pituaçu.

RITMO LENTO E GOL NO APAGAR DAS LUZES

Com folga no placar, o Flamengo passou a administrar a bola, sem se atirar ao ataque ou pressionar o Bahia como antes. Os dois times ainda tiveram chances cristalinas, com Élber e Pedro, mas a bola parceria já ter cumprido o seu papel na noite. Parecia…

Os minutos derradeiros foram mornos, mas não sem apagar a melhor atuação do time de Dome no Brasileirão, em todos os aspectos. Já Roger tem muito a trabalhar. Foi presa fácil em casa, embora tenha diminuído, novamente e no apagar das luzes, com um petardo de Daniel.

NOTA-FICHA
BAHIA 3X5 FLAMENGO
Estádio: Pituaçu, em Salvador (BA)
Data e horário: 2 de setembro de 2020, às 20h30
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e Jose Reinaldo Nascimento Junior (DF)
Árbitro de vídeo: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza (PB)
Onde ver: Premiere e Tempo Real do LANCE!
Gramado: bom
Cartões amarelos: Juninho Capixaba (BAH) / Thuler e Diego (FLA)
Cartões vermelhos: –

GOLS: Pedro, 1’/1ºT (0-1) e 16’/1ºT (0-2); Rodriguinho, 32’/1ºT (1-2), Arrascaeta, 37’/1ºT (1-3); Élber, 41’/1ºT (2-3); Everton Ribeiro, 2’/2ºT (2-4); Arrascaeta, 5’/2ºT (2-5) e Daniel, 44’/2ºT (3-5).

BAHIA (Técnico: Roger Machado)
Anderson; Nino, Lucas Fonseca, Juninho e Zeca (Juninho Capixaba, 22’/2ºT); Elton (Edson, 35’/2ºT), Daniel, Rodriguinho (Jadson, 33’/2ºT), Rossi (Marco Antônio, 22’/2ºT) e Élber; Gilberto (Saldanha, 31’/2ºT).

FLAMENGO (Técnico: Domènec Torrent)
Gabriel Batista; Isla (Thuler, 37’/2ºT), Rodrigo Caio, Léo Pereira e Renê; Willian Arão, Thiago Maia (Diego, 21’/2ºT) e Arrascaeta (Vitinho, 37’/2ºT); Everton Ribeiro, Pedro Rocha (Michael, 21’/2ºT) e Pedro (Lincoln, 37’/2ºT).

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