“Com Alckmin, corremos o risco de enfraquecer a figura do Lula”, diz Breno Altman
“Essa aliança, na qual você sacrifica a identidade, pode ser altamente prejudicial do ponto de vista eleitoral”, disse à jornalista.
O jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, reiterou na TV 247 temer por uma possível chapa presidencial formada pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Para ele, o movimento pode enfraquecer o nome do petista e desmobilizar sua base eleitoral.
“Se formos para uma frente aritmética, ou seja, uma frente que aceite abarcar setores que não são contra o neoliberalismo, como é caso específico do nome do Alckmin, corremos o risco de desmobilizar a campanha de Lula, de enfraquecer o nome do Lula. A política não é uma aritmética. Nem sempre a soma significa avanço. Às vezes a soma em cima significa subtração embaixo, porque faz perder energia política, mobilização, faz perder intensidade”, explicou.
Para ele, em crises de alta intensidade como vive o Brasil, é necessário radicalizar o discurso, e não buscar a moderação com alianças voltadas ao centro. “O elemento central na etapa que vivemos hoje é que temos que identificar que tipo de crise que a gente está vivendo, e eu digo minha opinião: é uma crise sistêmica, é uma crise muito profunda do neoliberalismo. O neofascismo brasileiro é liberal-fascismo. São métodos fascistas a serviço do programa neoliberal, que tem a concordância de todas as forças golpistas de 2016, na qual está o PSDB e está o senhor Geraldo Alckmin. Ele é um cardeal do golpe de 2016”.
“Essa aliança, na qual você sacrifica a identidade, pode ser altamente prejudicial do ponto de vista eleitoral”, concluiu.