Por Ricardo Antunes — Quem nos lê por aqui sabe. Aliás, para ser mais correto, “mestre” Fernando Castilho foi quem primeiro vaticinou em sua coluna, no JC, no dia 11 de janeiro, “Paulo Câmara restringe ocupação em festa privada sabendo que terá de proibi-las totalmente em fevereiro”. Castilho sabia o que estava dizendo. Nós também. A missão era impossível e apenas “para inglês ver”. O primeiro erro veio pela caneta do prefeito João Campos (PSB), lembram?

Mesmo voltando de Covid do Réveillon em Noronha, ele adiou a decisão sobre o carnaval, mas já proibia a festa de rua. Não tinha o menor sentido.

Depois veio o Governo do Estado. Desde o dia 28, já se sabia que era impossível ter carnaval. Todo Nordeste cancelou, mas o lobby do deputado Felipe Carreras (PSB) foi mais forte.

Casos de gripe em todo estado e os índices de Ômicron crescendo em todo Brasil há quatro semanas seguidas.

Pernambuco em estado crítico, há dois dias. Estive na coletiva no Palácio, no dia 25 de Janeiro e alertei os secretários André Longo e Rodrigo Novaes.

“Vamos deixar a decisão para o dia 15. É impossível prever alguma coisa”, disse o secretário de Saúde. Era pulha. Podia sim.

Agora, vão passar a vergonha de ter levado um “pito” do MPPE e do próprio Consórcio Nordeste no mesmo dia.

Cujo presidente é quem? O governador Paulo Câmara (PSB), que está em São Paulo fazendo política e já deveria dar a ordem hoje ainda.

A partir de segunda (08) tudo será cancelado.

Ele não tem mais alternativa nenhuma depois de ser obrigado a passar por essa vergonha, por conta de Longo e Novaes.

Humilhados pelos fatos que já sabiam que poderiam acontecer, os dois secretários, aliás, deveriam entregar seus cargos e ir para casa fazer isolamento com a família.

Poupariam o governador Paulo Câmara (PSB) desse verdadeiro vexame.

É isso.