A Promotoria pediu ao Tribunal do Barcelona que mantenha o lateral-direito Daniel Alves na prisão. O Ministério Público cita os múltiplos indícios que, em sua opinião, o incriminam, incluindo as evidências de DNA, que foram reveladas na semana passada. A defesa do jogador, por outro lado, voltou a questionar a versão da vítima.
De acordo com o jornal espanhol Marca, na audiência, que aconteceu nesta quinta-feira com as porta fechada para proteger a privacidade da vítima, a defesa de Daniel Alves insistiu que ele tem raízes suficientes na Espanha para garantir que não fugirá, caso fosse solto da prisão. Além disso, os advogados do brasileiro voltaram a questionar a versão da vítima, principalmente por não apresentar lesões vaginais.
A acusação, que quer manter Daniel Alves na prisão, insiste que o jogador de 39 anos pode fugir do país por um avião particular caso seja solto. Segundo o jornal El Periódico, o tribunal vai estudar não só se as provas são suficientes para incriminar o brasileiro, mas também se existe risco de fuga devido a sua capacidade econômica.
A audiência começou às 10h da manhã e está ocorrendo na terceira seção do Tribunal. A decisão final se Daniel Alves permanece em prisão preventiva, fica em liberdade enquanto a denúncia de estupro é investigada e se o caso será encaminhada a julgamento dependerá desta sessão, que vai ouvir as duas partes hoje.
Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro em Barcelona e, entre as provas que pesam contra o jogador, há o resultado de um teste de DNA que comprova sêmen do atleta na roupa da vítima, além de impressões digitais no banheiro do local. O lateral também já contou quatro versões diferentes dos eventos que aconteceram na noite, enquanto a vítima manteve a mesma versão dos acontecimentos.