De saída, Padilha usa vacinação para fazer campanha

Ministro convocou cadeia de rádio e televisão e, além de falar de vacina contra o HPV, destacou outros programas tocados por sua gestão

Gabriel Castro, de Brasília
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulga os novos resultados da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico)Padilha: campanha em cadeia de rádio e TV (Elza Fiuza/ABr)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, usou uma campanha de vacinação contra o HPV como pretexto para fazer propaganda eleitoral antecipada em cadeia de rádio e televisão, na noite desta quarta-feira. O petista, que vai deixar o ministério nos próximos dias para disputar o governo de São Paulo, falou durante quatro minutos em horário nobre – a transmissão teve início às 20h30.

Alexandre Padilha iniciou seu pronunciamento mencionando a campanha de vacinação contra o HPV, que tem como objetivo prevenir o câncer de colo de útero. “Antes a vacina contra o HPV estava disponível apenas na rede privada, a um custo de até 1 000 reais. Agora, está ao alcance de todos, de forma absolutamente gratuita”, disse ele.

O petista adotou nítido tom eleitoral – não faltou nem a gravata vermelha: “O Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de oferecer uma saúde pública gratuita e de qualidade a toda a sua população. E é para isso que o governo federal tem trabalhado intensidade cada vez maior nos últimos anos”, disse ele.

O petista falou do programa Saúde Não Tem Preço, que distribui medicamentos gratuitamente, e destacou aquele que deve ser um dos carros-chefes de sua campanha: o programa Mais Médicos. Padilha apresentou os números do programa e utilizou a retórica de candidato: “Tudo isso mostra o quanto o governo federal vem trabalhando para melhorar, ampliar e modernizar os serviços de saúde que presta à população”, disse ele.

O gerador de caracteres exibiu o nome do ministro também no meio do pronunciamento – e não apenas no início, como é comum em casos do tipo.

Padilha vai deixar o Ministério da Saúde para atender a legislação eleitoral. Ele deve ser substituído por Arthur Chioro, secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP).

Fonte: Veja

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