Hospitais particulares planejam abrir vagas para cursos de medicina
Por Redação
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Grandes hospitais da rede particular planejam abrir cursos de graduação em medicina entre os anos de 2024 e 20227.
Segundo o G1, a rede espera somente as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), para darem sequências ao processo burocrático, que inicialmente estará relacionado ao que o órgão estabelece como regra para o fim do veto a novas faculdades de medicina no Brasil. O veto determinava o “congelamento” de vagas.
A tendência de empresas entrarem no ramo de educação para formar profissionais também é acompanhada pelo o mercado de finanças e tecnologia, a exemplo da corretora XP e do banco BTG. As duas abriram recentemente faculdades e passaram a capacitar mão de obra.
No entanto, a iniciativa de grandes hospitais particulares oferecerem graduações já acontece desde 2007, quando o Hospital São Camilo, em São Paulo (SP), deu início ao seu curso. Em 2016 aconteceu o grande marco da área de saúde, quando o Hospital Israelita Albert Einstein, um dos maiores do país, inaugurou a própria faculdade de medicina.
O hospital Sírio-Libanês (SP), BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e Rede D’Or São Luiz (RJ) também planejam aderir à iniciativa.
O MEC pode publicar, até o próximo dia 6 de setembro, um edital com os critérios exigidos para qualquer nova faculdade de medicina no Brasil. Os critérios devem levar em conta as necessidades do sistema público de saúde.
Só devem ser abertas vagas em instituições de ensino nas cidades que, de acordo com o governo federal, tiverem estrutura adequada para aulas práticas (como leitos disponíveis) e carência de médicos.
O último aspecto, que relaciona vagas às necessidades do Mais Médicos e do SUS, é alvo de questionamentos jurídicos. A Justiça já tem 220 pedidos de empresas que desejam abrir cursos sem seguir os critérios. O tema deve ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).