Conflito de interesses

Opinião

A bancada do partido Novo na Câmara encontrou na Lei de Conflito de Interesses, publicada em maio deste ano, os argumentos para subsidiar denúncia contra os secretários de Flávio Dino, Ministro da Justiça, no Conselho de Ética Pública da Presidência.

A omissão nas agendas dos secretários Nacional de assuntos Legislativo, Elias Vaz, e o Nacional de Políticas Penais (Senappen), Rafael Brandani, da reunião com o braço financeiro do Comando Vermelho no Amazonas, Luciene Barbosa Farinha, motivou o pedido.

De acordo com os parlamentares, houve falta de transparência na divulgação da agenda pública dos secretários com Luciene, conhecida como “Dama do Tráfico” amazonense e esposa de um dos supostos líderes do Comando Vermelho no Amazonas.

O Secretário Nacional de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, recebeu Luciane em seu gabinete no dia 19 de março. Quase um mês depois, em 2 de maio, a mulher se reuniu com o Secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), Rafael Velasco Brandani. Em ambos os casos, o nome de Luciene foi omitido pelos assessores do Ministro da Justiça, que jura de pés juntos nunca ter estado com a esposa de Tio Patinhas, um dos chefões do CV no Amazonas.

“O que fica claro é a conduta dos denunciados em ocultar seus compromissos e fugir do escrutínio público de suas atividades à frente de Secretarias do Ministério Justiça e Segurança Pública”, escreveu os deputados do Novo em sua denúncia enviada à Comissão responsável por fiscalizar o descumprimento da Lei de Conflito de Interesses.

Improbidade – A bancada do Novo, formada pelos deputados Adriana Ventura, Marcel Van Hattem e Gilson Marques (Novo-SC), aproveitou o tema em evidência para protocolar um projeto de lei na Câmara dos Deputados para considerar como ato de improbidade administrativa a não divulgação das agendas.

Por: Magno Martins

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