Transporte alternativo coloca em risco a vida de passageiros
Da Redação
No município de Curaçá, norte baiano, a quantidade de vans que circulam pela cidade é muito grande. São veículos superlotados e sem segurança. A capacidade máxima de transporte para a maioria é de até 17 passageiros, mas a realidade é bem diferente. Apesar do risco, a pressa faz com que muitos ignorem as regras básicas de segurança.
A reportagem do Ação Popular foi acionada por populares quando flagrou na manhã de segunda feira (07), veículos lotados com aproximadamente transportando 29 passageiros, uns por cima dos outros, velhos de pé, crianças sentadas uma no colo da outra, três passageiros sentados ao lado do motorista – enquanto que o local comporta apenas um passageiro -, estacionamento no meio da pista, enfim, não existe critérios para o condutor que não cansa de chamar passageiros nos pontos mesmo com o carro superlotado transportando pessoas sem o cinto de segurança. “A falta de fiscalização é geral, o único posto de fiscalização que funciona na saída de Juazeiro só serve para multar e prender quem está com o veiculo com problemas de documentação e mais nada, o que é uma vergonha. Outro dia, uma van estava superlotada, bem acima da capacidade – com dois policiais militares fardados dentro – ainda assim, durante a barreira, os policiais rodoviários revistaram o carro, olharam a documentação e dispensaram o veiculo com pessoas de pé e sem o uso de cinto”, informa a agricultora Ana Amélia Novaes de Sena.
Outro problemas identificado pelo Ação Popular foi com relação as pessoas que pega o transporte dentro da cidade imaginando que a viagem seja confortável. A lotação deixa o terminal com todos os passageiros sentados, mas, depois de algumas paradas, a situação muda e acaba gerando desconforto entre os passageiros que precisa chegar ao seu destino. “É deprimente agente andar nessas condições. Em Curaçá ninguém nunca viu a presença de um fiscal da AGERBA quanto mais uma ação das policias e do Ministério Público com relação ao fato. Ou se toma uma medida preventiva com urgência ou pode acontecer, a qualquer momento, um acidente de grandes proporções. Estamos tratando de vidas e não de mercadorias como fazem os motoristas em jogar um por cima do outro”, alerta o aposentado Frederico José de Souza.
Por algumas vezes a reportagem tentou contato com a direção da Associação em Curaçá em não conseguiu.