O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) declarou, neste sábado (18), durante convenção do PMDB, que as acusações contra o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em relação a suposto recebimento de propina em contrato com a Petrobras, investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), devem crescer. De acordo com o parlamentar, que defendeu o afastamento do correligionário do cargo, é preciso que ele preste conta de imediato.

“Se isso se avolumar, que eu acho que vai se avolumar, eu tenho informações que esse número de denúncias vai crescer. Informações na Câmara, à boca pequena, se diz isso. Então, se isso tudo é verdade, ele vai ter um início de agosto que vai ter que se afastar, se for o caso”, afirmou.

“Nós vamos ter um semestre muito complicado na Câmara. Porque a Câmara, eu acho que não sou uma voz isolada, eu percebo e converso, que tem muita gente já indignada, tem muita gente já achando que ele tem que dar satisfação sobre a Lava Jato. Não é brincadeira uma pessoa acusar o outro no Jornal Nacional de que pediu US$ 5 milhões. Não é brincadeira um negócio dessa ordem”, defendeu Jarbas. Ele se referia à da denúncia do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, de que teria pago propina de R$ 5 milhões a Cunha.

Questionado se defende o afastamento do presidente da Casa, o parlamentar foi direto: “Acho que, a partir daquele momento da acusação contra ele, que ele tenta dizer que está sendo perseguido pelo ministério público, está sendo perseguido por Dilma, está sendo perseguido pelo PT, isso é coisa de paranoia. A pessoa cria essas coisas e todo mundo vira inimigo. O que ele tem fazer é prestar contas de imediato sobre cinco milhões de dólares que não adianta ele desqualificar a pessoa”.