Antônio Campos rebate Evaldo Costa e diz que Arraes nunca deixou de dialogar com os contrários

Miguel Arraes, Eduardo e Antônio Campos. Crédito: Reprodução
Miguel Arraes, Eduardo e Antônio Campos. Crédito: Reprodução

Com referência a nota (artigo de opinião) do jornalista Evaldo Costa, que a memória de Arraes proíbe diálogo com os que prenderam e exilaram, tenho a dizer o seguinte:

1. Trata-se de uma opinião, uma vez que Evaldo Costa não é porta voz da memória de Miguel Arraes. Também não sou o porta voz, mas como familiar e pessoa próxima ao mesmo estou legitimado para falar, estando inclusive finalizando uma biografia sobre o mesmo e um livro de correspondências de Arraes.

2. Arraes sempre pregou o diálogo. Recebeu Henry Kissinger para almoço durante o seu segundo governo, quando visitou Pernambuco. Fez uma homenagem ao seu carcereiro, em Fernando de Noronha, que o tratou respeitosamente. Na última campanha do Presidente Lula não vitoriosa, foi o interlocutor para o General Leônidas, que à época tinha dado polêmica decisão sobre uma possível vitória de Lula, que este não assumiria. Sempre viu nas Forças Armadas uma entidade importante para o País.

3. Arraes combateu politicamente os que prenderam e exilaram, mas nunca deixou de dialogar com os contrários, o que foi uma marca de sua vida, o que contradiz o discurso do jornalista.

Antônio Campos
Recife, 20 de dezembro de 2018.

Fonte: Blog de Jamildo

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