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Foto: Rafael Vieira/DP Foto |
As armas de bolinhas fizeram, entre 30 de novembro e 27 de dezembro, 90 vítimas que precisaram de atendimento médico da Fundação Altino Ventura (FAV). O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (27) e reforça os perigos sobre o uso deste “brinquedo” que tem ganhado popularidade no Grande Recife.
De acordo com a Fundação, os pacientes atingidos pelos disparos chegam com arranhões na córnea, inflamações e sangramentos. Dependendo da intensidade do impacto, tais lesões podem evoluir para danos mais graves.
Quando atingem os olhos, as bolinhas podem causar dor, baixa visão, inflamações, lesões na córnea, arranhões, além de sangramento interno.
Após a explosão no número de feridos por este equipamento, as cidades de Olinda e Paulista decidiram proibir a comercialização e uso das armas. Neste mês, a Polícia Civil divulgou que realizou a apreensão de 3.510 armas que disparam bolinhas de gel no Recife, a maior apreensão já feita deste material.
As armas funcionam com bolinhas de gel que se expandem dezenas de vezes ao entrarem em contato com a água. Isso acontece pois elas são feitas de poliacrilato de sódio, material utilizado em fraldas descartáveis para bebês e na jardinagem, por exemplo.
No início de dezembro, o deputado estadual Romero Albuquerque apresentou um Projeto de Lei à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que propõe a proibição da comercialização e uso das chamadas “gel blasters”, ou “armas de gel”, no estado.