Bolsonaro associa risco de faltar dinheiro para benefícios a oposição e PT

Um dia depois de dizer que suspenderá benefício a idosos e pessoas com deficiência este mês se o Congresso não aprovar crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) relacionou a dificuldade na tramitação à oposição e ao PT (Partido dos Trabalhadores).

“A oposição está trabalhando para inviabilizar o pagamento de beneficiários do Bolsa Família, idosos com deficiência, Plano Safra e PRONAF. Para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres. Na imagem, o Vice-líder do PT”, disse Bolsonaro.

Jair M. Bolsonaro

@jairbolsonaro

– A oposição está trabalhando para inviabilizar o pagamento de beneficiários do Bolsa Família, idosos com deficiência, Plano Safra e PRONAF. Para alcançar seus objetivos vale até prejudicar os mais pobres. Na imagem, o Vice-líder do PT:

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A liberação do crédito precisa ser aprovada pelo Congresso até 15 de junho. Mas o pedido não passou nem mesmo pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) – a análise, que deveria ter acontecido na última quarta, foi adiada para a terça-feira (11), por falta de acordo com a oposição.

Segundo a equipe econômica do governo, a autorização do Congresso para esse crédito extra é fundamental para garantir o pagamento de subsídios e benefícios assistenciais sem descumprir a chamada regra de ouro, que impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes, como salários.

Sem esse crédito, faltará dinheiro já em junho para alguns projetos, como o Plano Safra. De acordo com o Ministério da Cidadania, a partir de 20 de junho o governo ficaria sem crédito para pagar os 2 milhões de idosos pobre que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada). A partir de julho, seriam afetados 2,5 milhões de deficientes pobres, que também são beneficiados pelo BPC.

Do total de crédito solicitado para este ano, R$ 201,7 bilhões são para aposentadorias e pensões, R$ 30 bilhões para o BPC e há ainda recursos para outros programas, como o Bolsa Família.

Depois da votação na CMO, o governo precisa de 257 votos na Câmara e 41 no Senado.

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