Bolsonaro empregou filha de PM que movimentou R$ 1,2 milhão suspeito e é alvo do Coaf

A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro na Câmara. No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj.

(Agência Brasil)

Reportagem do jornalista Fábio Serapião, publicada no blog do Fausto Macedo nesta sexta-feira (7), relata que a filha do policial militar Fabrício José Carlos Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), trabalhou até o mês passado no gabinete do deputado federal e presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a reportagem, relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) cita transações entre o PM e a filha.

Nathalia é citada em dois trechos do relatório. O documento não deixa claro os valores individuais das transferências entre ela e seu pai, mas junto ao nome de Nathalia está o valor total de R$ 84 mil. A filha do PM foi nomeada em dezembro de 2016 para trabalhar como secretária parlamentar no gabinete de Bolsonaro na Câmara. No dia 15 de outubro deste ano ela foi exonerada, mesma data em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj. Nathalia recebeu em setembro, pelo gabinete de Jair, um salário de R$ 10.088,42.

Por intermédio de uma nota, divulgada na tarde desta quinta-feira (6), o Ministério Público Federal (MPF) confirmou a existência do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a respeito de movimentações atípicas envolvendo profissionais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O relatório integra a Operação Furna da Onça, que prendeu dez deputados estaduais do Rio de Janeiro envolvidos em um esquema de pagamento de “mensalinho”, de acordo com o MPF.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), ingressou na procuradoria-geral da República com representação criminal pedindo para que seja instaurado procedimento de investigação para apurar “possíveis ilícitos criminais e administrativos” envolvendo o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e a futura primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro”. Michelle é citada no relatório como beneficiária de um cheque no valor de R$ 24 mil do ex-PM.

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