Bolsonaro expõe relação com miliciano e dispara: Quem mandou matar Adriano da Nóbrega

Em nota, Bolsonaro diz que até a data de sua “execução” miliciano não tinha nenhuma sentença condenatória e ataca o governador do Bahia, Rui Costa, por “laços de amizade com bandidos condenados em segunda instância”, em referência a Lula

Bolsonaro e Adriano da Nóbrega (Montagem)

Depois de classificar o Adriano da Nóbrega como “herói” e dizer em entrevista que foi ele quem mandou o filho, Flávio Bolsonaro, condecorar o miliciano na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em 2005, Jair Bolsonaro soltou nota nas redes sociais em que compara a morte do ex-capitão do Bope à da vereadora Marielle Franco (PSOL), executada em 2018, e do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.

“Os brasileiros honestos querem os nomes dos mandantes das mortes do prefeito Celso Daniel, da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, do ex-capitão Adriano da Nóbrega, bem como os mandantes da tentativa de homicídio de Jair Bolsonaro”, diz a nota divulgada em seu perfil e assinada por ele.

Além de ser defendido por Bolsonaro no Congresso, Adriano da Nóbrega ainda teve a mãe e a ex-mulher contratadas em cargos comissionados no gabinete de Flávio Bolsonaro por indicação de Queiroz.

No texto, Bolsonaro sai mais uma vez na defesa de Adriano da Nóbrega, acusado de ser o líder do Escritório do Crime, braço de extermínio da milícia de Rio das Pedras, onde Fabrício de Queiroz se refugiou durante as denúncias do caso Coaf no gabinete de Flávio Bolsonaro.

“O então tenente Adriano foi condecorado em 2005. Até a data de sua execução, 09 de fevereiro de 2020, nenhuma sentença condenatória transitou em julgado em desfavor do mesmo”, afirma.

Bolsonaro levanta suspeitas sobre o governador da Bahia, o petista Rui Costa, dizendo que ele “não só mantém fortíssimos laços de amizades com bandidos condenados em segunda instância, como também lhes presta homenagens, fato constatado pela sua visita ao presidiário, Luis Inácio Lula da Silva, em Curitiba, em 27 de junho de 2019”.

“A atuação da PMBA, sob a tutela do governador do Estado, não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária, como apontam os peritos consultados pela revista Veja”, afirma, comparando ao caso Celso Daniel, “onde seu partido, o PT, nunca se preocupou em elucidá-lo, muito pelo contrário”.

Bolsonaro ainda fez uma relação do PT com as milícias. “É irônico o governador petista falar de más companhias quando, nos últimos anos, seus principais dirigentes nacionais foram condenados e presos na Operação Lava Jato”.

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Rui Costa
A nota divulgada por Bolsonaro foi uma resposta a uma mensagem publicada por Rui Costa nas redes sociais.

“Na Bahia, a determinação é cumprir ordem judicial e prender criminosos com vida. Mas se estes atiram contra Pais e Mães de família q representam a sociedade, os mesmos têm o direito de salvar suas próprias vidas, mesmo q os MARGINAIS mantenham laços de amizade com a Presidência”, tuitou Costa, ressaltando que o Governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça.

Rui Costa

@costa_rui

O Governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça. A Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem.
Na Bahia, trabalhamos duro para prevalecer a Lei e o Estado de Direito.

Rui Costa

@costa_rui

Na Bahia, a determinação é cumprir ordem judicial e prender criminosos com vida. Mas se estes atiram contra Pais e Mães de família q representam a sociedade, os mesmos têm o direito de salvar suas próprias vidas, mesmo q os MARGINAIS mantenham laços de amizade com a Presidência.

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