Bolsonaro festeja barbárie e felicita polícia do Rio pelo banho de sangue no Jacarezinho

Jair Bolsonaro postou um tuíte na noite deste domingo parabenizando a polícia do Rio pela chacina na favela de Jacarezinho. No texto, Bolsonaro trata os moradores da favela mortos no massacre como “traficantes que roubam, matam e destroem familías”, ocultando que 9 dos 28 assassinados não tinham processos criminais

(Foto: ABR | Reuters)

Jair Bolsonaro postou um tuíte na noite deste domingo (9) parabenizando a polícia do Rio pela chacina na favela de Jacarezinho, ocorrido na última quinta-feria (6). No texto, Bolsonaro trata os moradores da favela mortos no massacre como “traficantes que roubam, matam e destroem familías”, ocultando que 9 dos 28 assassinados não tinham processos criminais.

Veja o tuíte de Bolsonaro, que pode ser caracterizado como terrorismo de Estado:

Leia reportagem do 247 sobre os assassinados pela polícia do Rio:

247- Uma pesquisa realizada na noite deste sábado (08) pelo jornal O Estado de S.Paulo aponta que nove dos 28 mortos pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela do Jacarezinho, na última quinta-feira (06), não eram investigados por algum crime ou foram denunciados à Justiça.

O levantamento desmente informação da polícia na tarde do sábado de que dos 27 civis mortos, 25 tinham “antecedentes criminais” e que haveria provas de que os outros 2 também eram ligados ao tráfico. A corporação não apresentou nem deu detalhes das fichas criminais. A OAB contestou a versão policial logo depois da divulgação e agora a versão oficial é posta em xeque.

A investigação dos jornalistas foi feita no portal do Tribunal de Justiça do Rio. Não foi encontrada qualquer acusação em nome de Cleyton da Silva Freitas de Lima, Natan Oliveira de Almeida, Ray Barreiros de Araújo, Luiz Augusto Oliveira de Farias, Marlon Santana de Araújo, John Jefferson Mendes Rufino da Silva, Wagner Luiz Magalhães Fagundes, Caio da Silva Figueiredo e Diogo Barbosa Gomes.

De acordo com reportagem, não foram encontrados processos de tribunal de júri e recursos em segunda instância no nome de nove dos 28 mortos. Apenas três dos 28 mortos eram alvos de mandados de prisão na operação policial.

Alguns desses processos constam como arquivados – temporária ou definitivamente. A pesquisa foi feita no período de 2001 a 2021.

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