Em novembro daquele ano, no cercadinho do Palácio do Alvorada, ele disse para os apoiadores não perderem a fé.
“Presidente está bem, está recebendo a gente sem problema algum. Não percam a fé, é só o que eu posso falar para vocês por enquanto.”
Neste momento, uma militante iniciou afirmando “a gente está na rua, na chuva, no sol”. Naquela época, os apoiadores estavam acampados na porta dos quartéis do Exército ou em bloqueios nas estradas.
“Eu sei. Tem que dar um tempo. Eu não posso conversar — disse, em uma mensagem que foi interpretada por sua militância como se algo estivesse sendo costurado.”
Nesta manhã, o general que foi candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Bolsonaro foi preso por obstrução das investigações. Ele teria tentado saber informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o que é negado por sua defesa.
Segundo a Polícia Federal, ele teria feito parte do núcleo responsável por incitar as forças armadas a aderirem ao golpe e de apoio junto a outros militares de alta patente. Em novembro de 2022, o plano que pretendia impedir a posse do presidente eleito Lula (PT) foi impresso no Palácio do Planalto. O texto tinha a operação “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha o intuito de matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Morais.