Brasil vence a Copa América, mas grupo é coadjuvante na janela do mercado europeu

Seleção brasileira foi campeã da Copa América, mas valorização dos jogadores foi tímida
Seleção brasileira foi campeã da Copa América, mas valorização dos jogadores foi tímida Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Bruno Marinho

Everton Cebolinha virou febre nos estádios, “Little Onion” para os ingleses, titular da seleção, campeão e artilheiro da Copa América. Mas um mês depois da volta olímpica no Maracanã, segue vestindo a camisa do Grêmio. A possibilidade de transferência para o futebol europeu ainda existe. Mas a ida para a Premier League, prioridade que se desenhava como certa, não aconteceu.

Ele é o maior exemplo de como a esperada valorização que viria a reboque do título continental não passou do campo das ideias. Outros jogadores chegaram cheios de expectativa para a competição. Apesar da conquista da Copa América, nenhum jogador da seleção de Tite protagonizou uma transferência de peso na janela europeia.

Philippe Coutinho, por exemplo, titular durante toda a campanha, não conseguiu mudar seu status depois do primeiro troféu com a seleção. Depois de temporada em baixa no Barcelona, voltou para o clube catalão na condição de negociável e, por sua vez, nenhum clube grande da Europa mostrou disposição para fazer um grande investimento para contratá-lo. Com a chegada de Griezmann ao clube catalão, deverá ter uma disputa ainda mais dura por espaço na equipe titular.

Outro que chegou bem cotado à Copa América foi Allan. O volante do Napoli era especulado no Paris Saint-Germain. Entretanto, ao não conseguir muitas oportunidades de jogar com Tite, viu o interesse esfriar. No fim das contas, vai emplacar a oitava temporada seguida no futebol italiano.

Se Everton, que voltou da Copa América maior do que foi, não viu propostas vultuosas pelo seu futebol, imagina quem perdeu espaço durante a competição. Richarlison desembarcou titular, mas perdeu a vaga para Gabriel Jesus e ainda por cima sofreu com caxumba no meio do torneio. Resultado: o atacante, cogitado para reforçar o ataque de um grande da Inglaterra depois da boa temporada com o Everton, seguirá na equipe de Liverpool mais um pouco.

Dois titulares da equipe de Tite trocaram de clubes, mas não necessariamente se valorizaram aos olhos do mercado europeu. Filipe Luís não renovou com o Atlético de Madri e optou por se transferir para o Flamengo. Daniel Alves, que viu seu contrato com o Paris Saint-Germain se encerrar durante a Copa América, foi eleito o melhor jogador da competição e com essa credencial voltou à Europa para ouvir propostas. Não recebeu nenhuma que o agradasse e preferiu se transferir para o São Paulo.

Confira a movimentação no mercado dos 23 jogadores campeões da Copa América:

Alisson – Seguiu no clube

Ederson – Seguiu no clube

Cássio – Seguiu no clube

Daniel Alves – Saiu do PSG (FRA), foi para o São Paulo

Fagner – Seguiu no clube

Thiago Silva – Seguiu no clube

Marquinhos – Seguiu no clube

Miranda – Saiu da Internazionale, foi para o Jiangsu Suning (CHN)

Militão – Saiu do Porto (POR), foi para o Real Madrid (ESP)*

Filipe Luís – Saiu do Atlético de Madrid (ESP), foi para o Flamengo

Alex Sandro – Seguiu no clube

Casemiro – Seguiu no clube

Fernandinho – Seguiu no clube

Arthur – Seguiu no clube

Allan – Seguiu no clube

Lucas Paquetá – Seguiu no clube

Philippe Coutinho – Seguiu no clube

Gabriel Jesus – Seguiu no clube

Roberto Firmino – Seguiu no clube

David Neres – Seguiu no clube

Richarlison – Seguiu no clube

Everton – Seguiu no clube

Willian – Seguiu no clube

*Militão foi contratado pelo Real Madrid em março, antes da Copa América.

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