Ciro: O policial não apertaria o gatilho se não fosse o clima estimulado por Bolsonaro 

Em entrevista, Ciro responsabilizou Bolsonaro, a quem ele chamou de “canalha”, pelo ataque ao seu irmão Cid Gomes, e defendeu sua atitude: “Aqui vamos enfrentar o fascismo com a arma que for necessária”

Reprodução/Instagram

Em conversa com jornalistas na tarde desta quinta-feira (20) em Fortaleza (CE), o ex-ministro Ciro Gomes comentou o ataque ao seu irmão, o senador Cid Gomes, que foi baleado por policiais amotinados em Sobral na quarta-feira (19), e responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro pelo ocorrido.

“Isso [o ataque] não está isolado do que etá acontecendo no Brasil. Temos uma destruição do estado de direito no, liderada por um presidente boçal, canalha, de uma família de canalhas. Porque se algum policial apertou o gatilho, ele não faria isso se não fosse esse clima de absoluto desrespeito às regras de convivência democrática, que é absolutamente estimulado pelo presidente Jair Bolsonaro e sua família de canalhas”, disparou.

De acordo com Ciro, seu irmão “nasceu” de novo e está se recuperando.

À imprensa, o ex-governador ainda teceu críticas os motins de policiais do Ceará e esclareceu que trata-se de um grupo minoritário que não aceitou o acordo de reajuste salarial feito pela maioria da categoria com o governador Camilo Santana (PT). Ele classificou o movimento revoltoso como “banditismo explícito” e aventou a possibilidade do grupo amotinado ser apoiado por milícias, inclusive do Rio de Janeiro, com o apoio de Bolsonaro.

“Querem trazer [as milícias do] o Rio de Janeiro para cá [Ceará]. Nós vamos resistir. Só por cima do nosso cadáver as milícias dominarão o Ceará”, declarou.

Vídeos mostram os policiais revoltosos, encapuzados, mandando as pessoas ficarem em suas casas, fechando comércios, impedindo outros policiais de trabalharem e até mesmo ateando fogo em carros.

Questionado sobre a atitude de Cid Gomes antes de ser baleado, se foi prudente da parte dele avançar com uma retroescavadeira contra um batalhão policial, Ciro foi enfático. “Quero saber se a esquerda elegante acha que fascismo se enfrenta com flores. Nós aqui vamos enfrentar com a arma que for necessária”.

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