Com espaço publico privatizado para o carnaval, barraqueiros de Juazeiro são ameaçados

Ação Popular (AP)

Os barraqueiros que comercializam lanches e bebidas na Avenida Adolfo Viana, próximo ao INSS, estão indignados com a administração do Prefeito Paulo Bonfim (PCdoB). Eles alegam que a prefeitura proibiu o funcionamento das barracas durante a festa de carnaval de Juazeiro que inicia na próxima sexta-feira (10) e vai até o dia 12 de fevereiro. Além disso, uma comerciante que vende lanches e bebidas em um ponto fixo do percurso também falou da sua insatisfação, que segundo ela, estão vendendo para os ambulantes o espaço que fica na calçada, prejudicando assim as suas vendas.

Deusilene Gonzaga

A funcionária de uma das barracas, a senhora Deusilene Gonzaga, 37 anos, trabalha em um ponto fixo há 4 meses e relata a situação e diz está indignada com a postura da prefeitura. “Aqui vendemos Churros, Tapioca, Cuscuz, entre outras coisas. Essa decisão foi absurda, tenho filho para criar e estávamos contando com este dinheiro extra, mais ontem (07) fomos surpreendidos com a decisão da prefeitura de que teríamos que fechar a barraca durante o período de carnaval. Isso nunca aconteceu por aqui em governo anteriores, será que foi a mudança de prefeito? Soube que o percurso foi vendido, agora vendem para os empresários que já são ricos e a gente fica como? Isso é revoltante, é uma pena que os outros barraqueiros são ligados a prefeitura e não querem se manifestar”, contou.

Outra comerciante, que não quis se identificar com medo de represália, disse que nem se quer a prefeitura reuniu com a categoria para discuti a medida. “Eles não pensam na gente, eles só pensam nos comerciantes grandes, esses sim são os que eles dão valor. Agora na época de eleição ficam batendo nas nossas portas pedindo votos e depois vira a cara para a gente, já soube que eles vão tirar todas as barracas daqui depois das festividades de carnaval, isso é um absurdo”.

Rosângela dos Santos

Rosângela dos Santos que todos os dias passa pelo local e consome nas barracas, diz que essa decisão deveria ser repensada. “O folião é o dono da festa, carnaval é uma festa popular e acontece isso, a barraca é do povo, quem vai frequentar restaurantes e barracas na orla são os turistas que estão com muito dinheiro para gastar. Gostaria que o prefeito Paulo Bonfim se manifestasse com relação à decisão de proibir o funcionamento das barracas. Quem vai cobrir os prejuízos esses três dias já que as barracas estarão fechadas, os barraqueiros vivem do dia a dia”.

Regina Gama

A comerciante Regina Gama, disse que no seu comércio não foi proibido à venda de bebidas e comidas, mais a prefeitura autorizou a venda do espaço da sua calçada para os demais ambulantes. “Isso nunca aconteceu aqui e agora eles estão vendendo as nossas calçadas, vão colocar vários isopores e isso com certeza vai nos prejudicar, a prefeitura alega que vendeu e que vai colocar o isopor e pronto. Investir em bebidas e infelizmente vou ficar no prejuízo”, concluiu.

O espaço que era público, hoje foi transformado pela administração ‘comunista’ em comércio particular

 

Por fim, um dos barraqueiros filiado ao PCdoB e ex-candidato a vereador derrotado no município de Uauá, conhecido como Babão, tentou intimidar a Reportagem do AP e afirmou com bastante arrogância que não iria conceder nenhuma entrevista e que a informação estaria equivocada, que segundo ele, o agente da prefeitura teria repassado a informação errada e que o mesmo já estaria indo a prefeitura resolver a situação. Ele se prestou a um tipo de serviço mais deplorável como se fosse um verdadeiro puxa-saco dos capi-comunistas.

A reportagem entrou em contanto com a prefeitura para saber o seu posicionamento, infelizmente, até o fechamento não recebemos nenhuma informação. O espaço está aberto.

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