Com um tiro só, bagunçou-se o PT/PE e o PSB de Minas  

Ex-prefeito de Belo Horizonte não se submeterá a decisão tomada pelo PSB nacional

 Inspirados no “manda quem pode e obedece quem tem juízo”, os presidentes do PT e do PSB reuniram-se em Brasília e tomaram a seguinte decisão: “nós (do PT) apoiaremos em Pernambuco a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) e vocês (do PSB), em Minas, a do governador Fernando Pimentel (PT)l. Tudo decidido da forma mais fechada e autoritária possível, sem qualquer consulta às partes interessadas, salvo ao senador Humberto Costa (PT) que sempre defendeu esta aliança. Ou seja, com uma canetada só, os presidentes Gleisi Hoffmann (PT) e Carlos Siqueira (PSB) bagunçaram a vida dos seus partidos em Pernambuco e em Minas Gerais, respectivamente.

Aqui, Marília Arraes estava em processo de crescimento, renovando os quadros do PT e defendendo com muito mais legitimidade o legado de Lula do que o atual governador. Foi fulminada do processo de forma brutal e vergonhosa. Em Minas, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), também estava em processo de crescimento, combatendo de um lado o governador Fernando Pimentel (PT) e, do outro, o candidato Antonio Anastasia (PSDB), apoiado por Aécio Neves. Carlos Siqueira o tirou do páreo, também autoritariamente, para que ele apoiasse a reeleição de um governador que está com a popularidade no fundo do poço, pois nem a folha dos servidores consegue pagar. Lacerda, dentro do melhor tradição da “mineiridade” libertária, disse que não se submeterá a essa “intervenção branca” na executiva regional do PSB e vai fazer amanhã a sua convenção. Marília promete também reagir, contra a violência de que foi vítima, inspirada nas lições de “pernambucanidade”. (Inaldo Sampaio)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *