O afastamento do agente público deve-se a uma denúncia do candidato a prefeito Gera Requião (PSD), que alega que o delegado registrou um Boletim de Ocorrência (BO) afirmando que a sua campanha estaria patrocinando matérias em sites locais para interesse pessoal.
“Isso é uma perseguição política orquestrada para me desestabilizar. Um ato desesperado de interferência política na eleição municipal. Recorremos à Corregedoria da Polícia Civil, porque acreditamos na seriedade e competência dessa instituição respeitada por todos os baianos e desta forma, as providências imediatas foram tomadas.” disse o pessedista.
O postulante ainda considerou as declarações do delegado como “atentado à liberdade de imprensa” e afirmou que continuará “lutando pela transparência e pela democracia na cidade”.
“Entraram, de forma arbitrária, invadiram casas sem mandado judicial em busca de exemplares do jornal. Nunca vi nada assim em nossa cidade,” afirmou um dos residentes, que preferiu não se identificar por medo de represálias”, disse Gera Requião.
Testemunhas relatam que a polícia teria invadido residências sem mandado judicial, apreendido exemplares do jornal e conduzido pessoas para interrogatório, mesmo sem que houvesse vítimas. Um dos moradores, que preferiu não se identificar por medo de represálias, denunciou agressão verbal e física durante a ação policial.
Transmissão de cargo
A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Campos de Brito, determinou o afastamento do delegado de Catu e designou a delegada Rita de Cássia Magalhães Batista para assumir a delegacia interinamente por 15 dias. A medida visa garantir a imparcialidade e a regularidade do processo eleitoral no município.