É a continuidade com o PSB ou a mudança com o PTB

Erro das chapas majoritárias foi não convidar ninguém do interior para fazer parte delas 

O processo foi penoso, difícil, relativamente tumultuado, mas o PSB e o PTB colocaram seus times em campo neste final de semana para disputar o governo estadual. A coligação liderada pelo PSB apresentou a chapa que já se esperava, com Paulo Câmara na cabeça, Luciana Santos na vice, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa como candidatos ao Senado. Humberto, para entrar nessa chapa, teve que convencer o PT nacional a degolar a candidatura da vereadora Marília Arraes, erro político pelo qual os petistas irão pagar caro pelos próximos quatro ou oito anos. Sacrificou-se uma candidata que vinha em processo de crescimento em nome de um projeto que todo mundo sabe que não vai existir: a candidatura de Lula a presidente da República. Sem contar as muitas explicações que Jarbas e Humberto terão que dar aos pernambucanos por estarem juntos nessas eleições. Humberto já paga um alto preço por esta decisão na medida em que perdeu completamente a liderança que tinha no PT.

O novo líder do partido em Pernambuco, agora, é a vereadora Marília Arraes. Já a chapa do PTB tem Armando Monteiro na cabeça, o vereador Fred Ferreira na vice e os deputados Bruno Araújo e Mendonça Filho para senador. O erro dessa chapa, assim como da de Paulo Câmara, foi não ter convidado ninguém de Caruaru nem de Petrolina para fazer parte dela, deixando o interior completamente esquecido. A reação ao nome do vice de Armando já se fez ouvir pela voz do ex-prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, do PSDB, que acusa a família Ferreira de usar a fé para regar seus projetos eleitorais. O cenário da disputa ainda é de plebiscito – a continuidade com Paulo ou a mudança com Armando -, salvo se o ex-prefeito Júlio Lossio viabilizar-se eleitoralmente para ser o fiel da balança no segundo turno.

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