Harmonia é algo que está em falta nos bastidores da Band. Enfrentando uma crise financeira que parece não ter fim, a emissora do Morumbi tem profissionais insatisfeitos e intrigas que vão desde o seu departamento de esportes até o de entretenimento, passando pelo “Pânico” e atingindo até o seu novo reality, o “Exathlon Brasil”.
De acordo com a colunista Keila Jimenez, o clima nos bastidores do programa é um teste de sobrevivência não só para o time de competidores, mas também para a equipe de produção. Os profissionais envolvidos no programa, que é realizado na República Dominicana e deve durar três meses, têm dificuldades de comunicação, em virtude do idioma, acúmulo de funções, falta de tempo para descansar e se alimentar, assédio moral e cobranças excessivas.
A produção relata que o fato da Band insistir que o programa fosse ao ar às pressas, mesmo com a passagem recente de um furacão nas proximidades onde a equipe realiza os trabalhos, impôs à produção cargas de trabalho que ultrapassam 15 horas por dia, e enfrentando temperaturas que atingem a marca de 40 graus. No dia da estreia, por exemplo, a tensão chegou a provocar uma briga feia entre dois profissionais.
Um dos principais problemas enfrentados diz respeito à comunicação com a equipe de editores, que é formada por turcos. Os tradutores são mal treinados e dificultam ainda mais o trabalho da produção brasileira, que já é reduzida. Para piorar ainda mais a situação, os profissionais enfrentam todos esses problemas sob o risco de não receberem remuneração, já que os pagamentos serão feitos por uma empresa desconhecida, chamada Akum Medya.
Diante do clima de “terror”, a produção já ameaça abandonar os trabalhos até que a Band permita prazos mais flexíveis e tempo para descanso, algo que pode ser difícil de acontecer: diante da baixa audiência e críticas da estreia, a tendência é que a pressão por resultados aumente ainda mais.
Vale dizer que a emissora já sofre com o descontentamento de alguns profissionais que não entendem a ideia da direção da Band de realizar o reality em outro país, com custos dobrados. O clima de revolta está instaurado, apesar da emissora negar toda essa situação, segundo a colunista.