Fachin negou pedidos de prisão domiciliar a ex-deputado que morreu na cadeia

O ex-deputado federal Nelson Meurer, primeiro parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Lava Jato, morreu na manhã deste domingo (12), de Covid-19. Aos 77 anos e com comorbidades, ele teve três pedidos de prisão domiciliar negados pelo STF, segundo a defesa do ex-parlamentar.

Meurer estava internado em um hospital desde terça-feira (7). Na quinta (9), foi anunciado o seu diagnóstico de coronavírus.

Segundo o advogado do ex-parlamentar, Michel Saliba, três pedidos de prisão domiciliar para Meurer foram negados pelo STF desde novembro de 2019. Ele foi preso em outubro do ano passado e cumpria pena na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, no Paraná.

Dois dos pedidos foram feitos depois da pandemia do novo coronavírus ser decretada. Ambos foram negados pelo ministro relator, Edson Fachin.

?O ex-parlamentar tinha riscos por ser idoso, cardiopata, diabético, hipertenso e renal crônico. “A morte do Nelson Meurer não é uma mera fatalidade”, diz o advogado.

Em abril, a defesa apresentou o último recurso, que foi julgado em plenário virtual: foram dois votos para conceder a prisão domiciliar, de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, e dois contra, de Edson Fachin e Celso de Mello.

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