Faltando pouco mais de 2 dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, os procuradores da Lava Jato apresentaram as alegações finais da ação penal envolvendo o Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo e pediram nova condenação ao ex-presidente. As informações são da coluna de Monica Bérgamo, na Folha de S.Paulo.
Os procuradores pedem ainda a condenação do advogado de Lula, Roberto Teixeira, do ex-ministro Antonio Palocci, de Marcelo Odebrecht e outras quatro pessoas envolvidas.
Segundo a reportagem, o MPF pede ainda que seja decretado o perdimento do apartamento 121, vizinho ao dúplex onde Lula mora em São Bernardo, e o pagamento de R$ 75 milhões – valor que seria correspondente ao total da porcentagem da propina paga pelo Grupo Odebrecht, segundo as investigações.
De acordo com a denúncia, além do apartamento nº 121, que fica no mesmo andar da residência de Lula em São Bernardo, a empreiteira Odebrecht também teria comprado um terreno para a futura sede do Instituto Lula, em São Paulo, na rua Haberbeck Brandão. A transação com o terreno foi mais tarde desfeita. Os dois imóveis seriam doados como propina.
Lula nega ter recebido vantagens indevidas. Os advogados do ex-presidente ainda apresentaram várias perícias que apontam adulteração no sistema denominado MyWebDay que, segundo os procuradores, fariam uma contabilidade paralela nas contas da Odebrecht para pagamento de propina.