Febre do Nilo Ocidental assusta espanhóis

Com potencial para se alastrar pela península Ibérica, epidemiologistas espanhóis já apontam a doença como um problema de saúde pública

Até esta sexta-feira (21), 38 pessoas foram infectadas na Espanha por um vírus que está colocando em pânico a região da Andaluzia. Sete dos enfermos estão internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Conhecida como Febre do Nilo Ocidental, a doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas distintos, de acordo com cada pessoa e com o nível de gravidade da enfermidade.

Os sintomas mais comuns são semelhantes aos da gripe: dores musculares, febre e dor de cabeça, mas em casos extremos pode deflagrar tremores e encefalite, uma inflamação no cérebro.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma infecção viral causada por um arbovírus (mosquito), assim como a Dengue, o Zica, a Chikungunha e a febre de Mayaro.

Os fatores de risco estão relacionados à presença do ser humano em áreas rurais e silvestres que contenham o mosquito infectado.

As principais vítimas são idosos e portadores de doenças crônicas, como a diabetes.

Na Espanha, duas pessoas morreram em decorrência dessa enfermidade, uma mulher de 85 anos e um homem de 77. Os primeiros casos, na Andaluzia, surgiram no dia 5 de agosto.

Com potencial para se alastrar pela península Ibérica, epidemiologistas espanhóis já apontam a doença como um problema de saúde pública.

Esse surto virótico preocupa ainda mais as autoridades sanitárias espanholas nesse momento. A Espanha é um dos países mais infectados pelo novo coronavírus, com 378 mil infectados e aproximadamente 29 mil mortes.

Descoberto em 1937, em Uganda, o vírus é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo). Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos.

A transmissão por contato direto já foi demonstrada em laboratório para algumas espécies de aves, no entanto não há registros de transmissão de pessoas para pessoa, de acordo com informação do Ministério da Saúde.

Especialistas atribuem a incidência em Sevilha possivelmente à migração de aves contaminadas.

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