Financiamento imobiliário poderá ser de 100% agora

Ademi-PE comemora as mudanças. Elas servirão de estímulo ao aquecimento do mercado

Otávio Alves
centro petrolina
Medida aproxima os brasileiros do sonho da casa própria, quando estimula as instituições financeiras a liberarem crédito

Para alívio e comemoração do setor imobiliário de todo Brasil, as regras para conseguir empréstimos imobiliários que financiavam mais de 80% do valor das casas próprias foram modificadas. O anúncio foi feito pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), entidade do Banco Central e que tem como objetivo estimular a busca pelo credito imobiliário. Entre as novidades, está a ampliação do valor do empréstimo realizado pelas instituições financeiras, que tinha como teto limite de liberação 80% do preço total dos imóveis, e agora podem conceder até a totalidade do valor.

Outra novidade é a mudança no chamado “requerimento de capital”, montante que tinha de ficar parado no banco como garantia de pagamento. O índice era de 75% do valor do empréstimo nas operações enquadradas como varejo, caso os contratos superassem o valor e não se enquadrassem como varejo, esse número era ainda maior. Agora, a taxa fica em 35% do valor do financiamento e, na medida em que os clientes forem realizando os pagamentos, esse índice poderá sofrer diminuição, mas apenas quando o saldo do devedor atingir menos de 80% do valor do empreendimento.

Em Pernambuco, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PE), acredita que a medida poderá ser benéfica ao mercado. “Tudo que se fizer para aquecer o mercado e estimular as compras é bem-vindo. Nosso segmento (construção civil) sofreu um impacto considerável com a crise e já demitimos aproximadamente 500 mil pessoas”, explica o presidente André Callou.

“Com essa medida, certamente, a economia pernambucana vai ser impactada positivamente. Com mais possibilidade de crédito, sobretudo para as famílias de classes sociais menores, o mercado vai, ao menos, se estabilizar. Os recursos vão voltar a fluir e vamos respirar um pouco mais”, completa Callou.

Na prática, a medida representa e indica uma nova forma de estimular as instituições financeiras a concederem empréstimos para a realização do sonho de muito brasileiros, a compra da casa própria. As mudanças também estimam diminuir o chamado “requerimento de capital”, já que fazendo isso poderá incentivar os bancos a liberar ainda mais verba e novas solicitações para o mesmo fim. O Departamento de Regulação Prudencial do Banco Central avalia que a medida poderá resultar também na redução dos juros cobrados pelas instituições nos empréstimos imobiliários.

Fonte: FolhaPE

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