Haddad: Bolsonaro é candidato a ditador e tem apoio de 15% a 20% do eleitorado

 

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) afirmou que Jair Bolsonaro não é um democrata e que “se puder, exercerá o poder absoluto”. De acordo com Haddad, Bolsonaro será competitivo nas eleições de 2022 porque uma parcela da população em uma possível volta da ditadura.

“Acredito que sim. Se fizer uma pesquisa no Brasil de quantas pessoas querem a volta da ditadura, vai ver que esse número quase nunca foi inferior a 20%”, disse em entrevista ao Poder em Foco, transmitido pelo SBT. “E o Bolsonaro de alguma maneira representa esse anseio. Quem vota no Bolsonaro de certa maneira tem a esperança de que ele venha a fechar o regime. Fechar o Congresso, cassar a oposição, fechar o Supremo. Acho que existe da parte de 15%, 20% da população uma má-compreensão do que é a democracia”, acrescentou.

De acordo com o ex-presidenciável, “existe um contingente de brasileiros que apoia regimes de força”. “É uma coisa antiga. Se você rememorar nossa história republicana, a quantidade de vezes em que a violência foi adotada para resolver problemas é muito frequente. Tem no imaginário das pessoas a ideia de que a força, a violência, vai resolver os problemas econômicos e sociais do País”, avaliou.

O ex-presidenciável disse ter “a convicção” de que Bolsonaro “vai exercer o poder absoluto de poder”. “Ele não é um democrata. Se puder, ele exerce poderes ditatoriais. O Bolsonaro é exatamente isso, é um candidato a ditadura”, continuou. “É que ele não está popular, então fica limitado. Mas ele não tem compromisso com a democracia, nenhum”.

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