Hugo Motta e Davi Alcolumbre: herdeiros de dinastias políticas devem comandar Congresso
Fenômeno se repete ao longo da história do país, dificultando a renovação política e consolidando a presença de grupos familiares no poder

O fenômeno se repete ao longo da história do país, dificultando a renovação política e consolidando a presença de grupos familiares no poder. Além de Motta e Alcolumbre, diversos ex-presidentes do Congresso também seguiram esse caminho, como Arthur Lira, Renan Calheiros, Jader Barbalho e José Sarney.
Desde o Brasil Colônia – Na disputa pelo comando da Câmara, Hugo Motta representa um dos mais antigos grupos políticos da Paraíba. Sua família ocupa cargos eletivos há séculos, com raízes que remontam ao período colonial. Seu avô e sua avó maternos, Edivaldo e Francisca Motta, foram figuras influentes na política estadual, enquanto seu pai, Nabor Wanderley, mantém a presença do grupo na prefeitura de Patos.
Mesmo enfrentando desafios, como investigações sobre contratos públicos que envolveram sua mãe e sua avó — ambas posteriormente absolvidas —, a família segue consolidada na política paraibana. Com essa estrutura, Motta se prepara para ser o próximo presidente da Câmara, garantindo a continuidade dessa trajetória familiar no Legislativo.
Influência familiar no Amapá – No Senado, Davi Alcolumbre também carrega uma herança política marcante. Seu clã, com origem no comércio e na exploração mineral na Amazônia, construiu influência tanto nos negócios quanto no poder público. Além dele, diversos membros da família ocuparam cargos políticos, incluindo irmãos, primos e tios. Seu irmão, Josiel Alcolumbre, é suplente no Senado, enquanto seu tio, Alberto Alcolumbre, dá nome ao Aeroporto Internacional de Macapá.