Crise com eles, só na ficção. Se em “Justiça”, nova minissérie da Globo, o personagem de Igor Angelkorte (Marcelo) não saberá lidar com o estupro sofrido pela mulher Débora (Luisa Arraes), e em “Velho Chico”, Camila Pitanga (Tereza) vive numa montanha-russa amorosa com Santo (Domingos Montagner), fora dos estúdios a parceria de Igor e Camila, juntos há quase 1 ano, é o que rege a relação do casal.
— O fato de os dois serem atores facilita o diálogo. A gente troca muito, assiste um ao outro. Ela (Camila) já foi ao set de “Justiça’’ (que estreia dia 22) acompanhar uma gravação, eu leio algumas cenas de “Velho Chico’’ e comentamos. O que eu mais admiro na nossa relação é que a gente tem um papo franco — destaca o ator.
Nessa troca sincera não sobra espaço para ciúme. Igor revela que coloca até mais lenha na fogueira nas cenas de amor entre Tereza e Santo:
— Trabalhamos com nossos corpos, nossas sensações, ou a gente se abre para isso ou fica com o chicote nas costas. Tem atores mais respeitosos, outros menos. O Domingos é querido, parceiro, eu acompanho de perto, a gente conversa, nos frequentamos. Às vezes, olho e digo: amor, podia ter sido mais. O diálogo tem que ser esse. Quanto mais crível for a cena, melhor ator é. Isso amadurece a relação.
Com a filha de Camila, Antonia, de 8 anos, a sintonia também é perfeita, segundo ele:
— Ela é um serzinho de luz. Todo mundo que a conhece sabe do que eu estou falando. E, como namorado da mãe, sou babão junto. O pai dela, o Claudinho (Amaral Peixoto), é maravilhoso, presente. É tudo muito saudável.
Essa convivência acabou despertando em Igor o desejo da paternidade.
— Ela fala: amor, podia vir com minha cor e seus olhos. E eu digo: não bota essa expectativa na criança (risos). A gente conversa sobre isso. Estamos aproveitando a relação. Cada fase tem sua gostosura.
Casamento é assunto recorrente entre eles:
— Não sou religioso, não me casaria numa igreja, mas sou espiritualizado. Acho casamento o máximo, independentemente do que vai acontecer. É mais uma homenagem ao amor, não necessariamente ao que vai vir, é agradecer o que já existe. A gente conversa sobre isso, mas respeitando cada etapa.
A falta de tempo por conta do ritmo frenético de trabalho não é um problema para o casal, entrega Igor:
— A gente dorme junto todo dia (risos).