O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o País inicia um novo momento na educação. Em encontro com reitores de universidades e institutos federais, no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo disse que o Brasil está “saindo das trevas para voltar à luminosidade de um novo tempo”. As informações são da Estadão Conteúdo.
Ao fazer críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula disse saber do “obscurantismo” que os institutos e universidades federais viveram nos últimos quatro anos.
“Não existe nenhum país que conseguiu se desenvolver sem que antes tivesse resolvido o problema da formação de seu povo”, comentou o petista, em fala inicial no encontro.
Retrocesso nas escolas
Lula disse que a população não tem dimensão do retrocesso que ocorreu no Brasil em cada escola, local de trabalho e “a cada local que as pessoas estavam acostumadas habituadas a uma certa civilização”, citando o dia 8 de janeiro e os atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília.
Ministro da Educação diz que bolsas da Capes e do CNPQ terão reajustes
Na reunião, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que a pasta fará reajuste nas bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Além disso, garantiu que a pasta aprofundará o investimento no Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies).
“Essa reunião tem um simbolismo muito forte”, declarou o ministro.
Camilo Santana reforçou a esteira de críticas que permeou a reunião ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e os impactos negativos que teve na educação nacional.
“O MEC estará de portas abertas para o diálogo, união, reconstrução porque houve um desmonte. Estamos na terceira semana, estamos tomando pé, mas estou impressionado com o desmonte que fizeram na educação pública desse país”, declarou o ministro.
Ao falar sobre os desafios para os próximos anos, o ministro destacou a evasão nas escolas e universidades e a necessidade de ampliação e oferta de vagas e acesso a alunos das universidades. Para isso, ele disse ser preciso “saber demandas do mercado para ampliar vagas”.
Camilo pontuou a elaboração de um novo Plano Nacional de Educação, que vence em 2024, para o estabelecimento de metas para os próximos dez anos. Além disso, citou a importância da aprovação pelo Senado Federal do Sistema Nacional de Educação (SNE).
“Precisamos olhar a educação com uma visão sistêmica, desde a creche até a pós-graduação”, disse.