Em tese, o procedimento é simples e consiste em administrar doses progressivas do alimentando, aumentando as doses uma vez por semana. Entretanto, como existe o risco de reações graves, as sessões precisam ser acompanhadas por um alergologista. A briga judicial entre o plano e a genitora da criança se estende desde 2016 com acusações entre os dois lados.
De sua parte, Tânia alega que, de início, a Unimed não disponibilizou um profissional capacitado para realizar o procedimento em Petrolina, e que agora está sendo obrigada a levar o filho para fazer o tratamento em outros municípios, como Caruaru e Recife. Do outro, a Unimed diz que a mãe dificulta o tratamento do filho devido ao seu comportamento inadequado, negando-se a seguir as orientações médicas, agindo com indelicadeza com os profissionais e impondo condições desnecessárias.
Cansada de brigar na justiça e não chegar a uma solução, Tânia diz que vai entregar seu filho, na próxima terça-feira (8), à Vara da Infância de forma voluntária. “Eu não sei mais o que fazer, já tentei de tudo e eles estão esperando meu filho morrer ou se curar sozinho, o que não vai acontecer porque a alergia dele é grave. Então, a única saída que eu estou enxergando é entregar meu filho para o Estado cuidar e garantir os direitos deles”, explicou ela, chorando.
Em conversa com o blog, Tânia explicou que o filho tem alergia até mesmo ao cheiro de alimentos que contem leite e que, ao entrar em contato com eles, apresenta reações como febre alta, podendo evoluir para um choque anafilático. “Se meu filho continuar como está, isolado e sem tratamento, aí sim ele vai morrer. Não tenho outra escolha”, explicou ela.
Fonte: Blog Ricardo Antunes