Memórias de um guerrilheiro do Araguaia será lançado no próximo dia 8

Próximo dia 8, na Livraria Cultura do Paço Alfândega, será lançado o livro “Memórias do Araguaia”, depoimento de um ex-guerrilheiro, de autoria do psicólogo Dagoberto Alves da Costa, um dos sobreviventes da guerrilha que foi deflagrada em 1973 pelo PCdoB na área chamada “bico do papagaio” entre os Estados do Maranhão, Tocantins e Pará.

No livro, o autor, casado com a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), relata os 52 dias em que esteve no campo de batalha. Os outros 690 dias foram vividos na prisão, sob tortura, após ser capturado pelas Forças Armadas.

Ele relata também com riqueza de detalhes como foi atraído para a luta armada idealizado por militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que pretendiam derrubar a ditadura militar vigente no país, com o apoio de camponeses analfabetos, substituindo-a por uma regime semelhante ao de Cuba a ao da China.

De acordo ainda com o autor, a precariedade do movimento foi sentida na pele por ele próprio e vários companheiros, muitos dos quais foram assassinados – a maioria deles estudantes universitários, residentes em centros urbanos, “quixotescamente armados, sem treinamento militar nem conhecimento para sobrevivência na selva”.

“Não havia a mínima estrutura para a realização da guerrilha. Uma coisa é contar com o apoio da massa camponesa e outra muito diferente é transportar estudantes dos centros urbanos, sem treinamento, sem logística, para uma região selvagem, onde, além de terem que enfrentar o Exército, tinham que lutar também contra os perigos da floresta, os animais selvagens e as doenças”, diz o ex-guerrilheiro.

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